sábado, 26 de janeiro de 2013

Desigualdade salarial nos EUA é maior do que na época da escravidão, diz estudo


Nova York é o estado menos igualitário do país, segundo o jornal Huffington Post

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Acampamento de norte-americanos sem moradia na cidade de Seattle; desigualdade salarial é maior do que durante o período colonial

A desigualdade salarial entre os norte-americanos é maior hoje do que nos tempos da escravidão. Essa é a conclusão de um estudo divulgado neste mês pelo National Bureau of Economic Research.

Mesmo com a inclusão dos milhões de negros que eram obrigados a trabalhar até quando os seus proprietários julgassem necessário, a divisão de renda nos Estados Unidos do século 18 era mais justa do que a atual.

O estudo, realizado pelos pesquisadores Peter H. Lindert e Jeffrey G. Williamson, mostra que até mesmo antes da independência norte-americana, em 1776, as colônias britânicas na América do Norte eram menos desiguais do que o país é hoje.

A pesquisa dos dois economistas, das universidades da Califórnia e de Harvard, faz um levantamento das médias salariais nos Estados Unidos entre 1774 e 1860. Segundo eles, o Sul do país, cuja economia era baseada no modelo agrícola escravista, era mais rico e igualitário que o Norte industrializado até a Guerra de Secessão (1861-1865). A partir do início do conflito, porém, o Sul sofreu uma queda vertiginosa em sua renda.

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Pintura do francês François-Auguste Biard, de 1840, mostra o comércio de negros

De acordo com o jornal Huffington Post, o estado de Nova York apresenta a maior desigualdade salarial no país atualmente, com 14,2% da população abaixo da linha da pobreza.

Em seguida aparece Connecticut, que tem a maior média salarial, mas não consegue dividir a renda igualmente entre os seus cidadãos. Texas, Louisiana e Alabama são os outros estados que estão entre as cinco maiores desigualdades salariais dos Estados Unidos.

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