quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A CUTRALE ESCRAVIZANDO BRASILEIROS


Cutrale mantinha 32 operários em condições precárias de trabalho

A maior produtora de suco de laranja do mundo, a empresa Sucocítrico Cutrale, mantinha 32 funcionários em condições precárias de trabalho em sua unidade no município de Itatinga (SP), interior do estado de São Paulo. Os próprios trabalhadores, que atuavam na colheita de laranja, denunciaram a situação ao Ministério Público do Trabalho (MPT).

Por Danilo Augusto, na Radioagência NP
Na manhã desta quarta-feira (14), ao chegar no local, a fiscalização constatou que os 32 habitavam uma única residência. Ela estava em péssimas condições de higiene e conforto, sem existência de vestiários, cozinha, ventilação e iluminação adequada. Além disso, pagavam R$ 24 por dia pela alimentação e recebiam salários de apenas R$ 620.

Os trabalhadores, que vieram dos estados de Sergipe e Maranhão, chegaram em setembro na região, já endividados pelas despesas de transporte e alimentação. De acordo com o procurador da Justiça do Trabalho, Luis Henrique Rafael, a Cutrale é responsável por toda a situação.

“Quando ela faz a contração de trabalhadores de outros estados, existe uma instrução normativa do Ministério do Trabalho obrigando que o registro da carteira seja feito no estado de origem do funcionário. Isso garante que os trabalhadores, durante a viagem, sejam protegidos pelo contrato de trabalho e tenham benefícios se acontecer algum acidente. Porém, ela aceitou essa situação e não fiscalizou. Por isso, é responsável pelas condições degradantes do alojamento.”

Após o flagrante, a empresa se comprometeu a indenizar os trabalhadores. Eles retornarão aos seus estados e receberão as verbas decorrentes da rescisão do contrato de trabalho.

A empresa Cutrale sofre processo na Justiça por ocupar, ilegalmente, 2,6 mil hectares de terras da União no município de Iaras (SP), também no interior de São Paulo.



O mundo do trabalho semi-escravo da Cutrale
15 de setembro de 2011




Da Página do MST




Atraso nos recebimentos dos salários, um banheiro para mais de 20 pessoas nos alojamentos, buracos na terra coberto por lonas na colheita servindo como vasos sanitário, pressão para que os trabalhadores peçam demissão. Eis o mundo do trabalho na Cutrale.

Desde o final do mês de agosto deste ano, 32 trabalhadores vindos do estado do Maranhão, com a finalidade de trabalharem na colheita de laranja da empresa Cutrale, em Itatinga, São Paulo, viviam em condições precárias, segundo apurou a reportagem da TV Tem.

Além das péssimas condições de trabalho e dos alojamentos, os trabalhadores também reclamavam do alto preço das marmitas, que segundo eles, deveria ser R$1,25 por marmita oferecida, conforme o combinado prévio que tinham feito com a empresa. Ao chegarem, no entanto, se deparam com o valor de R$ 12,00 por dia.

Na visão do procurador da Justiça do Trabalho, Marcus Vinicius Gonçalves, os trabalhadores foram aliciados pela Cutrale. “Existe todo um procedimento para você trazer um trabalhador de outro estado (...) e a forma como isso está sendo feita é totalmente ilícita,” coloca o procurador.

Os dez trabalhadores que resolveram voltar para o estado de origem tiveram que pegar empréstimos bancários para pagarem as passagens de volta. Os que sobraram, somente conseguiram resolver suas situações após a intervenção de procuradores do Ministério Público do Trabalho.

A ida desses procuradores ao local, obrigou a empresa a se comprometer em rescindir o contrato de trabalho, pagar os benefícios que faltavam e os enviar novamente para o Maranhão.

O QUE JESUS E HÉRCULES TEM EM COMUM?

Na mitologia grega, Anfitrião era o  marido de Alcmena, a mãe de Hércules.

Enquanto Anfitrião estava na guerra de Tebas, Zeus tomou a sua forma para deitar-se com Alcmena, e o deus Hermes tomou a forma de seu escravo, Sósia, para montar guarda no portão.

Com a gravidez de Alcmena, uma grande confusão foi criada, pois evidentemente, Anfitrião duvidou da fidelidade da esposa.

No fim, tudo foi esclarecido por Zeus e Anfitrião ficou contente por ser marido de uma mulher escolhida do deus.

Daquela noite de amor nasceu o semideus Hércules

A partir daí, o termo anfitrião passou a ter o sentido de "aquele que recebe em casa".

Portanto, ANFITRIÃO é sinônimo de CORNO MANSO e FELIZ!

Mããããs agora tente  fazer algumas tocas:

1º Toque  Anfitrião por Jose
2º Troque Alcmena por Maria 
3º Troque Hércules por Jesus

Pronto vc descobriu o grande conto romano de Mitra. 

Como pode -se ver em contos de fadas  é sempre assim:

Muda-se os atores mas conserva-se sempre o enredo ,P

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Por Que Israel é Diferente?

Todo o mundo sabe, mas ninguém comenta. Já irou tabu.

Israel é um dos pouquíssimos países que possuem energia e arsenal nuclear, sem que haja qualquer controle.

Israel nunca assinou, nem nunca foi pressionado para assinar, o Tratado de Não-Proliferarão.
É inimputável, com a cobertura do Departamento de Estado americano.

É de se esperar que a iniciativa do cientista Uzi Even, que participou da construção do reato de Dimona, resulte em algo concreto. Sem o que, apoio a Israel na pressão sobre Irã é pura hipocrisia

De Que Lado Afinal a Rede Globo Esta?

O Jornal da Band já havia dado a pista. Sem "dar nome aos bois", denunciava ter sido censurado na cobertura do vazamento de óleo no poço da Chevron-Texaco, por "outra empresa de televisão, a única a ter acesso à cobertura no local do vazamento e à coletiva da direção da empresa". 


Burrice não citar a Globo como a privilegiada. Ou timidez. Mas deixou no ar a questão; "qual a razão da intimidade entre a emissora e a empresa responsável pelo crime ambiental?".

No Jornal Nacional ficou tudo explicado.

A Globo, em parceria com a empresa, tratou de dar uma "esfriada" no assunto, quase dizendo que tudo já estava resolvido.

De carona no helicóptero, o secretário performático, Carlos Minc, deixando  no ar a extensão da cumplicidade à Secretaria de Meio Ambiente. Sempre os mesmos, com os mesmos métodos de distorção, ou omissão, de informação.

A razão da intimidade entre a Globo e a Chevron-Texaco não foi desvendada.

Qual sera a o interesse da empresa de Roberto Marinho ao esonder isso tudo?

Entre os interesses da nação e os interesses de empresas criinosas de que lado afinal a rede Globo esta?

Direitos Humanos para Ditadores?



O imperialismo tem sem tempo no jogo entre apoiar valores ou apoiar contra-valores. Na década de 60, em nome da defesa da "civilização ocidental cristã, e contra o comunismo ateu", promoveu as maiores barbaridades, no implantação e sustentação de ditaduras após golpes de Estado, na América Latina e na Asia. Ainda estão bem vivas as declarações de Henry Kissinger, o hilaryclinton de então, classificando como "nossos", e portanto aliados inimputáveis , os ditadores "filhos da puta" que não mediam limites para garantir submissão de seus países aos ditames estratégicos do Departamento de Estado norte-americano.

Mudaram no tempo, os condutores da política externa das grandes potências capitalistas? Certamente que não. Se é verdade que invocam defesa de direitos humanos para justificar sua ação belicosa violenta sobre governos ditatoriass, o fazem com o mesmo critério seletivo. Como no caso em curso, da Siria, onde a praça principal da capital do País não abriga dissidentes, mas sim multidões de apoiadores do governo "condenado" a sanções políticas e econômicas pela Liga Árabe - cujo colégio é composto exatamente por outras ditaduras realmente abominadas por boa parte de seus povos, mas sustentadas e reconhecidas como governos legais por serem aliadas dessas potências capitalistas.

Por isso, é bastante oportuna a reportagem da Isto É, sobre o que se espera com a abertura de arquivos das ditaduras da América Latina nos anos 60, e os segredos da famigerada Operação Condor - ação comum dos serviços de segurança continentais no assassinato de militantes na luta pela redemocratização dos países sob regimes ditatoriais na região:

N° Edição: 2194 | 25.Nov.11 - 21:00 | Atualizado em 29.Nov.11 - 06:42

Ditaduras entrelaçadas

Documentos secretos comprovam que a participação de autoridades brasileiras na Operação Condor foi fundamental para a aliança dos governos totalitários da américa Latina

Wilson Aquino



Edmur Camargo (centro) foi preso em 1971 quando ia ao Uruguai. Entregue à FAB, desapareceu. Já Alfredo Astiz (à esq.), foi devolvido às autoridades argentinas por interferência do então diplomata do Brasil em Londres, Roberto Campos (à dir.)

Não são apenas os brasileiros que vivem a expectativa sobre quais segredos a Comissão Nacional da Verdade, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff na sexta-feira 18, trará à tona. Ativistas de Direitos Humanos de Argentina, Paraguai e Uruguai esperam que, ao remexer os arquivos da ditadura brasileira, a Comissão esclareça fatos obscuros ocorridos naqueles paí­ses durante o regime militar nos anos 1970 e 1980. Especialmente no que se refere à Operação Condor, a aliança político-militar entre os governos ditatoriais sul-americanos nesse período. A surpresa pode ficar por conta de nomes de autoridades civis brasileiras que colaboraram com o regime ditatorial na América Latina. O correspondente em Brasília do jornal argentino “Pagina/12”, Dario Pignotti, que investiga a Operação Condor desde 1994, encontrou no Brasil documentos que comprovam a importante participação de diplomatas brasileiros na repressão, monitorando e revelando os passos de exilados, bem como agindo no interesse de conhecidos repressores vizinhos, como o capitão de fragata argentino Alfredo Astiz, conhecido como o “Anjo da Morte”. Essa atuação contradiz com a tese estabelecida de que o Brasil desempenhava um papel secundário e discreto na Operação Condor.

Astiz foi responsável pelas mortes das fundadoras da organização Mães da Praça de Maio, de duas freiras francesas e de uma estudante sueca, durante a repressão argentina, e tinha dois pedidos de extradição (França e Suécia). Se ele fosse mandado para a França ou Suécia, ele seria julgado por esses crimes, o que seria a pior solução para Astiz. Por interferência, porém, do então embaixador brasileiro em Londres em 1982, Roberto Campos, o “Anjo da Morte” acabou sendo devolvido pelos ingleses às autoridades argentinas. Na Argentina, ele ficou livre até 2006, quando foi detido. Mês passado, Altiz foi condenado em Buenos Aires à prisão perpétua.

A maior parte dos telegramas examinados pelo jornal argentino se refere ao aparato repressor dos mandatos de Ernesto Geisel (1974-1979) e João Baptista Figueiredo (1979-1985). Essa cooperação se fortaleceu principalmente depois de 1975 (no início da fase conhecida como “abertura lenta e gradual” pelo governo Geisel) e não se limitou somente ao plano operacional. Outro episódio que evidencia a participação ativa das autoridades brasileiras é a prisão e o posterior desaparecimento, em 1971, do jornalista Edmur Péricles Camargo, 57 anos, militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Camargo era um dos presos políticos banidos do Brasil em troca da libertação do embaixador suíço Giovanni Bucher. Ele foi para o Chile, mas resolveu se consultar com um oftalmologista no Uruguai. Quando o avião fez escala na Argentina, os policiais daquele país o prenderam, e ele foi enviado em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) de volta ao Brasil, mas simplesmente desapareceu. Em 1995, Camargo foi considerado oficialmente pelo governo brasileiro como desaparecido político durante a ditadura.

Na avaliação do secretário de ­Direitos Humanos da Argentina, Eduardo Duhalde, mais do que manter sua caixa-preta fechada, o Brasil foi o fiador da Condor. “Porque a Operação não poderia ter existido sem a vontade política do país hegemônico da região”, justifica.







 


créditos ao pessoa da "lutaquesegue"

sábado, 26 de novembro de 2011

ABSURDO: Chevron-Texaco Tentou Jogar A Sujeira Pra Debaixo Do Tapete Diz Policia Federal

ANP e Ibama omissos e coniventes com Chevron-Texaco






Via
Hora do Povo
Chevron-Texaco jogou "sujeira para debaixo do tapete", diz PF

“Não há qualquer dúvida de que o crime ocorreu”, afirmou o delegado Scliar. ANP e Ibama omissos e coniventes com a múltinacional criminosa.

Na segunda-feira, a presidenta Dilma Rousseff determinou a revisão de todos os contratos da Chevron para extração de petróleo no Brasil. A medida foi anunciada após a convocação do ministro das Minas e Energia, da ministra do Meio Ambiente, do presidente da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e do Comandante da Marinha para uma reunião de emergência no Planalto. No mesmo dia, no Congresso, parlamentares pediram “punição exemplar” para a Chevron pelo vazamento no Campo de Frade.

Tudo isso aconteceu após a entrada da PF nas investigações. Assim são as “agências” de suposta fiscalização deixadas pelos tucanos. As questões têm que se tornar caso de polícia para que sejam apuradas, enquanto a mídia diverte os tolos com perseguições políticas travestidas de casos policiais.

Após a reunião com a presidente, por exemplo, o presidente da ANP, Haroldo Lima, recuperou a sua desusada bravura. Nos dias anteriores, a ANP apresentou dados do vazamento inferiores aos da própria Chevron. Depois, garantiu que estava tudo sob controle em nota à imprensa (por sinal, agora retirada do seu site). Mas, na segunda-feira, o sr. Lima falou em excluir a Chevron do pré-sal (nem sabíamos que ela ia ganhar algum leilão) e clamou: “a agência não foi tratada, do ponto de vista da empresa concessionária, de forma correta. Ela incorreu, digamos, num erro sério que pode prejudicar esse seu intento” (sic).

Não entendemos bulhufas. A função da ANP não é fiscalizar a Chevron? Por que esta precisa tratar a ANP “de forma correta”? Isso é uma parceria ou uma fiscalização? E que “intento” da Chevron “pode ser prejudicado”? O de tapear o público? Ou o de roubar petróleo do pré-sal?

Porém, a outra diretora da ANP que estava na reunião, Magda Chambriard - aquela que estava na “sala de emergência” da Chevron, supostamente acompanhando tudo - foi mais clara: “é um comportamento inaceitável com a ANP, com o governo brasileiro e com o Brasil, de uma empresa que edita imagens, corta trechos. Nós tivemos que ir à plataforma para buscar as imagens do acidente”.

Mas... a ANP pretendia fiscalizar a Chevron a partir do que a própria Chevron fornecia a ela, sem nem mesmo ir à plataforma para ver o que estava acontecendo? Logo a Chevron, que tem um dos piores registros de crimes ecológicos, mentiras, e diversas outras trampolinagens, no mundo?

Claro, a Chevron é a terceira empresa norte-americana da lista das 500 maiores da revista Fortune. Como é que o sr. Lima e a sra. Chambriard não iam confiar nela?

O sr. Lima declarou, na reunião com a presidente, que a ANP “em 7 de novembro já havia identificado os primeiros sinais do vazamento” (cf. Blog do Planalto, “Governo quer investigação rigorosa do vazamento de óleo na Bacia de Campos”, 21/11/2011).

A ANP sabia do vazamento três dias antes da Chevron torná-lo público, atribuindo-o a um “fenômeno natural”? E não fez nada? Não comunicou nem mesmo à presidente, que só no dia 11 tomou conhecimento do assunto, quando determinou a investigação rigorosa do desastre? Pois a ANP esperou até o dia 13, quando, segundo Lima, “foi chamada para aprovar o plano de abandono do poço apresentado pela Chevron. No entanto, um equipamento considerado fundamental para a execução do plano não estava no Brasil” (cf. Blog do Planalto, art. cit., grifos nossos).

A ANP, no entanto, preferiu encobrir a Chevron. Ainda bem que a PF acabou com isso.

Na quinta-feira da semana passada, o delegado Fábio Scliar, da Delegacia de Meio Ambiente da PF, após a primeira inspeção no Campo de Frade, declarou que o vazamento é “uma catástrofe”. No sábado, depois de outras diligências, afirmou que a catástrofe foi “um crime”: “Não há qualquer dúvida de que o crime ocorreu”.

Além dos navios-fantasmas para combater as consequências do vazamento (dos 17, declarados pela Chevron, às vezes 18, na primeira inspeção a PF só encontrou um), o delegado apontou diversas incoerências. Por exemplo: “na plataforma, alguém deixou escapar que haviam perfurado 500 metros a mais do que deviam. O que gera estranheza é que eles estavam perfurando a 1,2 mil metros de profundidade e quando ocorreu o problema eles baixaram uma sonda para filmar o acontecido que não chega a 1,2 mil metros”.

O equipamento usado pela Chevron – e sua contratada, a Transocean, notória pela explosão da Deepwater Horizon, alugada à British Petroleum no Golfo do México - “não conseguia fazer uma leitura precisa das coordenadas do local de onde vinha o petróleo”. Assim, a Petrobrás, que, a partir de sua base no campo vizinho de Roncador, foi a primeira a constatar o vazamento no Campo de Frade, teve que emprestar dois robôs à Chevron para que essa leitura fosse realizada.

Depois da denúncia (ver matéria nesta página) do ex-ministro e atual secretário de Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, Carlos Minc, que, ao sobrevoar a área, flagrou a Chevron usando areia para levar o petróleo ao fundo do mar, o delegado Scliar declarou que “é como empurrar a sujeira para debaixo do tapete. É mais um crime ambiental”. Em nota oficial, a Secretaria do Meio Ambiente do Rio relatou que “Minc pôde observar que seis navios realizavam jateamento de areia sobre a mancha de óleo para acelerar a sua dispersão mecânica”. O delegado, antes da denúncia de Minc, já havia levantado a questão: “Aonde está sendo guardado esse petróleo retirado do mar? Esse óleo está indo para onde?”.

Apareceram mais cinco navios – mas apenas para atentar contra as leis e o meio ambiente. Como disse o delegado, “todo o bioma do Oceano Atlântico poderá ser afetado. A areia se mistura com o petróleo, e em seguida, se deposita no fundo do mar, jogando óleo em lulas, polvos, em todas as espécies”.

Scliar anunciou que indiciará a Chevron por dois crimes – o vazamento e o uso de jatos de areia para esconder a mancha de petróleo. A condenação por esses crimes, de acordo com o artigo 54 da lei nº 9605/98, implica em proibição da empresa participar de licitações nos próximos cinco anos e prisão dos diretores por 1 a 4 anos.

Além disso, há outro problema: estrangeiros ilegais, sem registro de entrada no país, nas operações da Chevron. Como disse o delegado, é uma prova do desprezo da Chevron pelas leis brasileiras.

Quando publicamos nossa edição anterior, no dia 18, o escândalo da tentativa de abafamento do crime da Chevron, como registramos, parecia até maior que o escândalo do vazamento. Cabe, agora, registrar que essa tentativa de abafar os fatos fracassou rotundamente.

Até o presidente da filial da Chevron no Brasil, um certo Charles Buck, teve que confessar a responsabilidade da empresa. Fez isso 10 dias depois de começar o vazamento, e, como sempre, mentindo (ver, nesta página, o artigo de Fernando Siqueira, presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás e ex-gerente de projetos da Bacia de Campos).

Por fim, vejamos outro caso de súbita bravura. Nem tocaremos nos pseudo-ecologistas, tipo Greenpeace, que só agora descobriram que a Chevron “minimiza [quanta delicadeza!] o problema”.

O Ibama aplicou uma multa de R$ 50 milhões à Chevron, menos do que os seus executivos gastam com suas (ou seus) amantes em algumas semanas. Segundo o Ibama, esta é a multa “máxima” da lei. Seria, se somente um crime ambiental fosse cometido – mas esse não é o caso.

Depois de passar atestado de boa conduta para a Chevron (v. HP, 18/11/2011), agora o presidente do Ibama declara que “não há indícios de dolo”.

Como não há “dolo” (nem mesmo “indícios”)? Alguém esperava que a intenção da Chevron fosse provocar o vazamento? O dolo, nesse caso, está, precisamente, numa operação temerária, com tecnologia obsoleta, em condições de segurança terríveis, para, criminosamente, baratear custos e aumentar lucros. Como isso poderia dar certo? Aqui está o dolo.

Créditos ao autor: CARLOS LOPES

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Afinal; Quem são os donos Mundo?

por Marivalton Rissatto

O que paises como Espanha, Portugal, Grécia, Irlanda, Inglaterra e Estados Unidos (dentre outros) têm em comum além de serem considerados de 1º mundo?
A resposta é simples, todos estão QUEBRADOS e ENDIVIDADOS.


Mããããs para quem eles devem ?

Vamos fazer o seguinte, pesquize no google quais são os unicos grupos que nunca entraram em crises e sempre acumularam lucros enormes e em plena crise atual continua a declarar inacreditáveis lucros.

Mais uma dic, é este mesmo grupo que mais lucra quando vc esta na merda e precisa urgentemente de dim dim.

Já adivinhou né?

Sim, são eles, os grupos bancários.

Enquanto paises, empresas, familias, etc estão quebrando em todo o mundo, os bancos estão cada vez mais robustos e endinheirados.

Alguém tem dúvidas sobre quem são os donos do Mundo?

Ontem li nos jornais que o Banco Central Europeu prometeu emprestar dim dim para  a Grécia seeeeee a Grécia aceitar foder seu povo com cortes de beneficios sociais e a Grécia no mesmo momento disse que aceita com enorme prazer ( e se o povo for as ruas, o governo grego vai sentar o pau no povo).


São estes grupos (bancos) que decidem quem continua no poder e quem deve ceder o lugar (reparem no atual troca-troca de ministros e chefes executivos em paises endividados).

Um dos  melhores exemplos é Berlusconi, que pitou e bordou como quis até o momento em que recebeu ordem para arrumar as malas e "zarpar" ehehhe.

Berlusconi era um intocável, eu disse era, não é mais hehehe.

Mas quem são esses bancos? A quem pertencem? Será que eles não têm face como nos querem fazer crer?

Dirão: bancos quebraram, outros fecharam, outros estão agonizantes.

Eu te digo meu caro druguinho: - Bobagem.

Os bancos pulverizados não passam de meros varejistas que são sempre sacrificados para manter as aparências, veja o recente caso do banco Panamericano do Silvio Santos que foi dito estar quebrado apenas para se livrar de impostos e dividas trabalhistas e fiscais. Por acaso o Silvio Santos quebrou? Ele esta pobre? Como pode então seu banco ter quebrado? O quão ingenuo e otário nós somos?

O grande banco tem nome e endereço e há séculos manipula o sistema a seu bel prazer.

É o banco da família Rothschild. Que desde o século XIV reina.

Seja o governo monarquia ou republica, capitalista ou socialista.

Jamais sofreu qualquer abalo, nem mesmo durante todas as guerras ou revoluções que afligiram a humanidade. Alias, a historia nos mostra que foi justamente durante as crises e durante as guerras que os bancos mais lucraram, coincidencia meus caros?

Até a Alemanha nazista teve que se curvar diante de seu poderio econômico.

Ou alguém acha que as guerras se ganham apenas com armas?

Não se esqueçam que sem fundos não se compra armamento.

O banco da família Rothschild controla também, através de prepostos, a mídia e a industria de entretenimento. Por acaso vc ja viu algum jornal ou canal de televisão denunciando os abusos que bancos como Santander impõe aos clientes?

O único presidente que até hoje resolveu enfrentar o Santandr e impedi-lo de cobrar seus juros absurdos foi o Venezuelano Hugo Chaves e agora repare como a midia trata Chaves.
Mesmo a Venezuela sendo o pais que lidera o ranking de combate as desigualdades a midia insiste em chama-lo de DITADOR.

Mas DITADOR não seria um governante que se impos no governo com uso de força, violencia e golpes?

Como Chavez pode ser chamado de  DITADOR  se foi democraticamente eleito em eleições diretas supervisionadas por organismos externos como a BBC de Londres?
Só por que Chaves proibiu o Santander de cobrar juros abusivos na Venezuela Chaves merece ser chamado pela midia de DITADOR?

Prq a midia faz isso?
Bancos como o santandr são os que mais geram receitas para canasi de TVs e Jornais através de seus anuncios e propagandas, e são extamente esta midia que chama Chaves de Ditador, coincidia meus caros?


Mas voltando aos Rotchields,  esta família é tão poderosa que controla até a Organização das Nações Unidas (ONU) que foi criada principalmente para criar o Estado de Israel (se não estiver acreditando em mim, consulte o Google) hehehehe

E ameaçar e apoiar a invasão de nações que se recusam a se curvar ou entregar seus tesouros (lembra do Saddan? E do Kadafi?).

Alias essa família é tão poderosa que possui o titulo de “Guardiã do Tesouro do Vaticano”.

Quem quiser aprofundar esse texto, e ele precisa ser muito mais aprofundado e detalhado, basta consultar a História.

Alguém se habilita?

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Mauro Santayana: O BRASIL, OS BRICS, E A NOVA ARMA HIPERSÔNICA DOS ESTADOS UNIDOS.




O fato de os Estados Unidos, mesmo em crise econômica e política - com milhares de pessoas ocupando as ruas para protestar contra o sistema - terem anunciado o sucesso, há três dias, do vôo de teste, entre o Havaí e as Ilhas Marshall, de uma nova bomba voadora, de velocidade supersônica, capaz de atingir qualquer ponto do globo em menos de uma hora, tem que servir de alerta para o Brasil e para os BRICS.

Enquanto investimos bilhões na compra de equipamento e tecnologia militar obsoleta, como os submarinos Scorpéne e, eventualmente, o Rafale, desenvolvidos há mais de 30 anos, os Estados Unidos não cessam de pesquisar novas armas de destruição em massa, e sistemas de armamento naval como o canhão magnético de munição cinética, anunciado no ano passado, que não depende de combustível para atingir alvos a uma distância de 300 quilômetros.

Isso, apesar de Washington ter um déficit de 7 trilhões de dólares, boa parte dele derivado dos 35 bilhões de dólares que gasta, por semana, para manter seus soldados no Iraque e no Afeganistão, países dos quais já prepara a retirada de suas tropas convencionais - com o rabo entre as pernas - a partir do ano que vem.

A insistência de os Estados Unidos em continuarem se armando, mesmo em uma situação de crise econômica e institucional crescente, aponta para a cristalização de uma perigosa equação, que, do ponto de vista do resto do mundo – excetuando-se a Europa, cada vez mais submissa aos interesses norte-americanos - equivale a um mendigo louco com uma arma na mão na praça de alimentação de um Shopping, ou, à velha metáfora, mais usada antigamente, de um macaco solto em uma loja de louças.

Como a história mostrou nos anos do equilíbrio do terror da Guerra Fria, quando os EUA não ousariam invadir países como o Iraque e o Afeganistão, sem a aquiescência tácita da URSS, de nada adianta construir uma nova ordem multipolar, se o poder no mundo continuar obedecendo a uma situação unipolar do ponto de vista militar.

O BRICS tem se erguido, nos últimos anos, na economia e na diplomacia, justamente para fazer frente à Europa e aos Estados Unidos, porque o mundo não pode continuar refém, como tem acontecido, das decisões que são tomadas em uma Europa e em uma América do Norte cada vez mais frágeis, no âmbito político-institucional, e cada vez mais decadentes, do ponto de vista econômico.

Nada disso funcionará, no entanto, se a projeção do crescente poder do BRICS não se fizer, também, na área militar. Não dá para se pensar em uma estratégia de defesa viável, no futuro, se não juntarmos nossos recursos financeiros e tecnológicos, nosso conhecimento e nossos pesquisadores militares aos da Rússia, da China, da Índia e da África do Sul para o desenvolvimento de uma nova geração de armamentos que vá, como está ocorrendo com os Estados Unidos, um pouco além do armamento convencional hoje existente.

Não se pode confiar nem cooperar com os países ocidentais nessa área. Eles só nos vêem como “parceiros” da hora dos coquetéis de seus adidos militares, ou no quando tem interesse de nos vender material obsoleto para utilizar o lucro no desenvolvimento de novas gerações de armamentos. Quando chega o momento de a onça beber água, eles se aliam entre si, e nos vêem como sempre nos viram, como um bando de subdesenvolvidos. Que o diga a Argentina, que até hoje não esqueceu as lições que aprendeu quando precisou de armamento para reposição na Guerra das Malvinas.



                                                                           

Texto de Mauro Santayana adaptado por Marivalton Rissatto para o presente blog, créditos ao autor.

23 coisas que eles não falam para vocês sobre o capitalismo

23 coisas que eles não falam para vocês sobre o capitalismo





Meus amigos mais proximos já sabem o quanto sou revoltado com este atual modelo neoliberal selvagem e terrorista covardemente/tendenciosamente maquiado e apresentado com o nome de  capitalismo.


Resolvi postar hoje um texto anteriormente postado pelo Emi Sader com alguns comentários de minha autoria, vamos lá?

 O número poderia ser infinito, mas para começo de conversa, o autor – Ha-Joong Chan, sul-coreano, que trabalha em Cambridge – seleciona 23. (23 things they don’t tell yu about capitalism", Penguin Books, Londres, 2011).

Obs: Vc também pode acrescentar as suas hehe, mas as dele são:

1. Não há isso que chamam de livre comércio, vai por mim mermão, não há mesmo.

2. As empresas não deveriam ser dirigidas em função do interesse dos seus donos  (pois sao interesses individualistas e nao coletivistas não visando portanto o bem comum, mas sim o dominio do mercado por um único magnata).

3. Muita gente nos países ricos é paga acima do que deveria (vc nunca se perguntou prq um magnata que nunca pegou no batente como o Eike Batista merece ganhar 1 bilhão de vezes mais do que vc que se mata de trabalhar arduamente todos os dias e nem a sua casa própria conseguiu adquirir?).

4. As máquinas de lavar mudaram o mundo mais do que a internet (se não entendeu a ironia, sugiro que leia novamente hehe).

5. Assuma o pior sobre o povo e você vai obter o pior.

6. Maior estabilidade macroeconômica não fez a economia mundial mais estável.

7. As políticas de livre comércio raramente tornam ricos os países pobres (vc poderia me citar um pais que abriu seu mercado e não se fudeu como o Chile, Argentina, Inglaterra e Espanha acabaram se fudendo?).

8. O capital tem uma nacionalidade (ou melhor, um grupo familiar, ou seja, os detentores da verdadeira genesis das riquezas atuais como a usura, petroleo, ouro, heroina e otras cositas mas).

9. Nós não vivemos numa era pós-industrial (na verdade não mais que 20% das nações estao eficientemente industrializadas, nos por exemplo sequer fabricamos nosso açõ ou aluminio apesar de termos um dos maiore estoques de minerios valiosos como a bauxita que é a materia prima do aluminio) .

10. Os EUA não têm o mais alto nível de vida do mundo (grande parte da população americana estao na fila do sopão esperando pra comer da sopa feita com macarrão doado por Cuba de Fidel e pela Venezuela de Chaves, muitos estão apodrecendo em casa na cama  com cancer esperando a morte prq nos EUA não existe sistema único de saude como aqui no Brasil ou em Cuba).

11. A África não está condenada ao subdesenvolvimento (ela sempre foi rica, o problema é que os paises "pobres" a exploram para se manterem "ricas" como os EUA, Alemanha, Israel, Ingleterra, e Japão ou de onde vc acha que vem a riqueza de ilhas como o Japao que nem terra para produzir arroz tem?.

12. Os governos podem punir os vencedores.

13. Tornando os ricos mais ricos não se torna os outros ricos (quanto mais rico o Eike Batista ficar, mais pobres o povo explorado por ele se torna, pois alem de estarem entregando sua saude em minas de exploração de minerios, tbm entregam a sua alma).

14. Os executivos norteamericanos são pagos em excesso.

15. As pessoas nos países pobres são mais empreendedoras do que nos países ricos (hehe de fato há mais camelos e vendedores de hot dogs no Brasil do que nos EUA não é mesmo?).

16. Mais educação, por si só, não faz um país mais rico (pois do que adianta um povo estudado mas parado e nao produzindo pois esta na fila a anos esperando uma vaga no mercado de trabalho? Alguém ja viu desempregado mesmo que estudioso gerar valor?).

17. O que é bom para a General Motors não é necessariamente bom para os EUA (huaahuah quem tem acompanhado as noticias sobre a crise americana sabe muito bem disso, sabe inclusive que a tempos atrás o governo se endividou para salvar a GM e agora todos estao pagando por este endividamente publico, menos os magnatas donos da GM).

18. Não somos suficientemente tontos para deixar as coisas para o mercado (acho que a essas alturas vc ja descobriu que vc so tem valor se vc estiver consumindo, mas se vc ainda nao descobriu, experimente ir a algumas lojas e quando o vendedor lhe perguntar o que vc irá levar hj, responda que esta com seu nome sujo, desempregado e hj  so veio para olhar e nao para levar heehheh adoro fazer isso).

19. Apesar do fim do comunismo, nós ainda vivemos em economias planificadas (exato, alias os paises onde o estado controla a economia apontam como os paises onde as pessoas vivem melhor, quer um exemplo? Noruega serve? Ela ao passo que encabeça o ranking de IDH (indice de qualidade de vida do povo) ela encabeça tbm  a lista de paises onde o estado mais controla a economia, coincidencia meu caro James Bond?).

20. A igualdade de oportunidades pode não ser justa.

21. Governo forte torna as pessoas mais abertas para as transformações.

22. O mercado financeiro precisa se tornar menos e não mais eficiente (quanto mais forte um banco é, mais ele irá te explorar, quer um exemplo? Vá ao Santander e pergunte quanto eles irão te cobrar para financiar a sua casa propria e depois vá a um banco cooperativo ou um banco popular como a nossa Caixa Federal).

23. Uma boa política econômica não necessita de bons economistas ( de boa velhinho, sabe o que os economistas aprendem na academia? A enriquecer empresas e não a enriquecer os povos).

                                                                                                              

OBS: Texto original postado por Emir Sader em seu blog pessoal às 08:51 do dia 08/11/2011 mas os comentários que estão entre parentes e a formatação no presente texto são de minha autoria, portanto fiquem a vontade para me criticar ehheehe.
Dica: Conheça as obras de  Emir Sder.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Quem são os ricos? Por que eles estão cada vez mais ricos?




Um por cento da população mundial possui 40% das riquezas do planeta. Eis como vive, onde vive, o que faz e como ele gasta o seu dinheiro aquela parte da humanidade contra a qual (e em nome dos 99% restantes) o movimento
Occupy Wall Street está lutando.

A reportagem é de Federico Rampini, publicada no jornal La Repubblica, 06-11-2011.

"Mãe, o que fazem todas essas pessoas no nosso avião?". O filho deJacqueline Siegel não conseguia dar uma explicação a si mesmo, na primeira vez que se encontrou na fila de embarque (primeira classe, obviamente) com tantos desconhecidos, ele que estava acostumado a viajar com o seu pai no jato particular da empresa. Bem-vindos ao mundo do 1%.

Uma categoria social que acabou ficando sob os holofotes da atenção pública graças ao movimento Ocuppy Wall Street: aquele que se autodefine como "os 99%" e denuncia os privilégios da oligarquia. Se você mora em Manhattan, isto é, no coração do protesto, por meio de quais sinais pode-se perceber se você pertence ao vituperado ou invejado 1%?

Eis 12 mandamentos que traçam a linha de demarcação na vida diária. É um teste empírico, a prova da verdade que trai os verdadeiros privilegiados.



Primeiro: você se veste rigorosamente made in Italy (com exceção dos sapatos Louboutin), comprando na Bergdorf Goodman da Quinta Avenida.

Segundo: janta no Masa (o japonês com menus sem preços),Per Se, Marea, Babbo, e pelo menos uma vez por ano você se concede o personal chef com catering de três estrelas.

Terceiro: mensalidade fixa da Metropolitan Opera, mais doação fiscalmente dedutível.

Quarto: voa apenas na BusinessFirst, se o Gulfstream não estiver acessível.

Quinto: nunca anda de metrô, nem mesmo que esteja nevando.

Sexto: presença assídua em um spa-fitness, com massagista e personal trainer.

Sétimo: assina o Wall Street Journal.

Oitavo: férias de verão na Toscana, em Aspen para esquiar, fins de semana na casa nos Hamptons.

Nono: seus filhos estudam em uma escola privada do tipoWaldorf (pedagogia progressista, mas competitiva), mensalidade a partir dos 30 mil dólares por ano.

Décimo: nada de conta corrente, mas sim um telefone direto com o serviço personalizado Wealth Management de um grande banco.

Décimo primeiro: a mansão onde você mora deve ter porteiros uniformizados.

Décimo segundo: você gosta de cães de raça, mas é o dog sitter que os leva todas as manhãs ao Central Park.



Essas regras de vida do 1% mudam pouco se você estiver na China, país que recém cruzou o limiar de um milhão de milionários: foi na República Popular que a Burberrys viu suas vendas crescer em 34% em seis meses, que a Zegna inaugurou a sua 70º loja, que a casa de leilões Christie's vendeu por 4 milhões de euros um par de pistolas da era Qing com cabo de ouro incrustado de pedras preciosas.

Não varia muito no Brasil, onde o poder de compra dos ricos é tão próspero que a Louis Vuitton cobra um ágio de 100% em comparação com os mesmos produtos da sua loja nos Champs-Elysées.

Estamos falando de uma exígua minoria de extrarricos? São os banqueiros de sempre, magnatas da indústria, estrelas do espetáculo? Não apenas. Nos EUA, os indivíduos com um patrimônio líquido de 1 a 5 milhões – é o limiar acima do qual os gestores patrimoniais os classificam como "altos patrimônios" – são 26,7 milhões. Outros 2 milhões de norte-americanos têm um patrimônio entre 5 e 10 milhões líquidos. Um milhão de pessoas estão sentadas em um ninho de ovos de ouro de 10 a 100 milhões. Por fim, 29 mil estão sentado em cima de 100 milhões de dólares. Todos juntos fazem mais da metade da população italiana.

Se quisermos ficar com a definição precisa do 1%, isto é, apenas três milhões de norte-americanos, o limite de ingresso é medido com base na renda. Os dados do Internal Revenue Service (a Receita Federal norte-americana) marcam a fronteira exata: é preciso receber uma renda de, pelo menos, 506 mil dólares brutos anuais (375 mil euros) para entrar no círculo dos três milhões de pessoas que são o 1% da população norte-americana.

Em nível global, para isolar o 1% que está no topo da pirâmide, é preciso voltar às estatísticas sobre o patrimônio, por serem mais homogêneas. O Global Wealth Report do Credit Suisse indica que eles controlam 38,5% da riqueza mundial, e que os seus bens cresceram 29% em apenas um ano: é uma velocidade dupla com relação ao crescimento da riqueza total do planeta.

Portanto, o Occupy Wall Street denuncia um fenômeno real, aqueles que estão "lá em cima" alçaram voo, distanciando-se cada vez mais da maioria da população. Um fascinante estudo dos historiadores Peter Lindert e Jeffrey Williamson demonstra que nunca na história passada o 1% teve uma cota tão grande da riqueza nacional. Em 1774, quando ainda havia o colonialismo inglês e, portanto, a aristocracia, o 1% dos privilegiados na New England controlavam apenas 9% do total. A nobreza da época vivia em condições menos distantes da média, com relação às novas oligarquias do terceiro milênio.

Na história norte-americana, a dilatação enorme das desigualdades tem uma data de nascimento: 1982. Não por acaso, é o início da era deRonald Reagan, marcada por um sistemático ataque ao welfare state, ao poder dos sindicatos, juntamente com políticas fiscais cada vez menos progressivas. É desde 1982 que o 1% se separa do resto, sobe para a estratosfera, amplia as distâncias: no quarto de século posterior, a sua cota da renda nacional mais do que dobrou, subindo acima dos 20%. A parcela de riqueza sobe ainda mais, superando os 33%.

É a trajetória que última capa da revista The Nation mostra: "Wall Street inventou a luta de classes". Quando esse conceito já havia se tornado um tabu no debate político norte-americano, os ricos se apropriaram dele, e o conflito social sobre a distribuição dos recursos foi vencido por eles.

Mas também há aqueles que convidam a se compadecer deles. Robert Frank, no seu livro The High-Beta Rich relata a história da família Siegel, aquela do filho que não entende por que tem que subir no avião com desconhecidos. Depois de ter feito sua fortuna no setor imobiliário e ter construído "a Versalhes dos Estados Unidos", em Orlando, na Flórida (23 banheiros, uma garagem para 20 carros, duas salas de cinema), a família teve a sua mansão penhorada pelos bancos quando o mercado entrou em colapso. "Os extrarricos jamais sofreram uma volatilidade tão exasperada da sua fortuna, ligada aos mercados financeiros", explica Frank.

Portanto, o 1% é uma categoria em risco, de alta mobilidade. Nela se entra e dela se sai com a porta giratória em alta velocidade. Por isso, em 2008, foi aprovado o welfare dos banqueiros: 600 bilhões apenas para salvar Wall Street.

A tradução é de Moisés Sbardelotto postado originalmente no blog de GilsonSampaio

Palestina, bem-vinda à Unesco




Por 107 votos a favor, 14 contra e 52 abstenções, a Palestina foi admitida na Unesco, no final da Assembleia Geral da instituição. A decisão foi seguida de gritos de “Viva a Palestina”, ao final de uma sessão tensa, pela oposição dos EUA, do Canadá, da Alemanha e de alguns outros países, que não teve sucesso porque na Unesco não existe o direito de veto das velhas potências, que bloqueia decisões democráticas da maioria, como esta, tomada ontem.

“Nós consideramos este voto como especialmente importante porque parte da nossa luta contra a ocupação de Israel é sobre a tentativa para apagar a historia da Palestina. A Unesco vai ajudar a mantem a tradicional herança palestina", disse Ghasan Khalib, porta-voz o governo da Palestina, apelando para que os EUA mantenham seu aporte aos fundos da Unesco e chamando a decisão tomada como “um voto de confiança da comunidade internacional”.

O apelo tem sentido porque o governo dos EUA, que contribui com 22% dos fundos da Unesco, ameaçava suspender o aporte anual de 80 milhões de dólares se o ingresso da Palestina fosse aprovado. Nao é a primeira vez que isso aconteceria. Durante o governo Reagan os EUA, contrariados pela rejeição da sua concepção de que a cultura fosse considerada uma mercadoria com outra qualquer e estivesse submetida às normas da Organização Mundial do Comércio, se retirou da instituiçao durante vários anos, deixando também de contribuir financeiramente para a Unesco.

Durante a Assembleia Geral, a delegação norteamericana se manteve discreta. O jogo sujo das pressões foi exercido pela delegação do Canadá, que se prestou a ser um fantoche dos EUA, dirigindo-se individualmente a todos os delegados, com o argumento cínico de que a Unesco deveria esperar a decisão da ONU. Que eles não estariam contra o ingresso da Palestina, mas que a Unesco nao deveria precipitar a decisão. Como se todos não soubessem já que a decisão terá uma grande maioria na Assembleia Geral da ONU – como aqui, basicamente apoiada pelos países da América Latina, da Ásia e da África -, mas vetada pelos EUA, exercendo o odioso e antidemocrático direito de veto no Conselho de Seguranca.

O embaixador dos EUA, David Killion, diz que a votação “complica” esforços do seu país para apoiar a Unesco. O de Israel considerou a decisão como “uma tragédia”. Agregou, também cinicamente, que “a Unesco lida com a ciência e não com ficção científica”, em mais uma grosseira alusão ao bloqueio da existência do Estado Palestino pela ocupação militar do seu país. Disse que a Unesco não teria essa competência e que a votação forçava um corte drástico das contribuições à organização, referindo-se a seu patrão, os EUA.

Hillary Clinton considerou a decisão da Unesco como “inexplicável”(?), dizendo que as discussões sobre o ingresso da Palestina não poderiam substituir as negociações com Israel. Como sempre, os EUA querem que toda decisão sobre o Estado Palestino, passe pela aprovação de Israel, procedimento que tem impedido qualquer avanço no reconhecimento desse Estado e na pacificação da região.

A Palestina se torna agora, com justiça e reparando uma situação anômala de muito tempo, membro pleno da Unesco. Bem-vindos, companheiros palestinos!


Obs: Resta agora esperarmos o tão aguardado fim do embargo a Cuba, embargo este que além de imoral é criminoso, pois é um ato politico onde quem paga são os inocentes, ou seja, a sociedade civil. 






Postado por Emir Sader às 07:11 de 01/11/2011 com comentários de Marivalton Rissatto.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Reforma Politica ?


Creio que todos concordem que o Brasil precisa de uma reforma política urgente e eficiente. O cenário político atual de nosso país encontra-se em tamanho estado crítico, que cada vez mais a população vai se tornando indiferente em relação aos rumos da Nação.
Contudo, é praticamente impossivel  fiscalizar os políticos, e nada tem adiantado  reclamar dos mesmos. O correto seria mesmo   exigir deles uma profunda reforma em nosso modo de fazer política.

-O presidente, eleito por sufrágio universal, detém exclusivamente em sua pessoa tanto a chefia do Estado quanto a chefia do governo;
Atualmente a forma do governo brasileiro é uma república, com um sistema presidencialista. As principais características de uma república presidencialista são:
  • -Há a separação explícita dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), sendo que, na teoria, nenhum pode interferir no outro, mas todos devem se fiscalizar;
  • -O Poder Executivo (da União), contudo, se sobressai aos demais;
  • -A participação do Poder Legislativo no plano de governo é reduzida, devendo ele apenas criar e aprovar as leis;
  • -A duração do mandato é pré-definida, não havendo a possibilidade de demitir um mau governo, ou de prolongar um bom governo além de oito anos;
  • -O mandato legislativo também tem duração definida, e o Congresso não pode ser dissolvido, mesmo que não esteja apto para as funções que lhe competem (vide mensalão);
  • -A probabilidade da Nação atingir um certo nível de estabilidade é muito baixa, visto que o presidente age pensando nas próximas eleições, e que um presidente sempre visa extinguir (ou no mínimo abandonar) os projetos do seu antecessor, sempre dizendo que o seu governo é o melhor da história.
Analisando essas características, é fácil chegar à conclusão de que o presidencialismo é um sistema retrógrado de governo, além de que é um sistema que não tem mostrado sinais de evolução com o tempo (ao contrário do parlamentarismo). O único país presidencialista que se sabe que alcançou resultados satisfatórios tanto no cenário interno quanto externo foi os EUA.

Todos demais países que figuram nos mais elevados índices de desenvolvimento social, econômico e político, possuem sistema parlamentarista de governo. E, o que pode ser mais chocante, os que possuem melhor desempenho são MONARQUIAS!

Vejam:

IDH (2009) (Índice de Desenvolvimento Humano):
  •  
  • Noruega 0,971 Monarquia
  • Austrália 0,970 Monarquia
  • Islândia 0,969
  • Canadá 0,966 Monarquia
  • Irlanda 0,965
  • Países Baixos 0,964 Monarquia
  • Suécia 0,963 Monarquia
  • França 0,961
  • Suíça 0,960
  • Japão 0,960 Monarquia

Índice de Democracia (2009):
  •  
  • Suécia 9,88 Monarquia
  • Noruega 9,68 Monarquia
  • Islândia 9,65
  • Países Baixos 9,53 Monarquia
  • Dinamarca 9,52 Monarquia
  • Finlândia 9,25
  • Nova Zelândia 9,19 Monarquia
  • Suíça 9,15
  • Luxemburgo 9,10 Monarquia
  • Austrália 9,09 Monarquia

Analisando as tabelas, vemos que os 10 países com maiores índices de desenvolvimento possuem sistemas parlamentaristas, e que dos 10 países mais democráticos do mundo, 7 são monarquias; enquanto que para os 10 países com maior IDH, há 6 monarquias.
Uma reforma no nossos sistema politico não poderia solucionar vários dos nossos atuais problemas?Referencias :
  • http://www.pnud.org.br/pobreza_desigualdade/reportagens/index.php?id01=3324&lay=pde
  • http://a330.g.akamai.net/7/330/25828/20081021185552/graphics.eiu.com/PDF/Democracy%20Index%202008.pdf
  • Tjäder, Rogério da Silva. O que é Monarquia?. ISBN 004495-V05

Brasil Campeão em Carga Tributária



Confirmado: O brasileiro é o cidadão que mais paga impostos e o que recebe os piores serviços públicos em troca.

 A conclusão é do “Estudo sobre Carga Tributária/PIB x IDH”, realizado pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), que compara informações de 30 países com maior arrecadação tributária do mundo em relação ao retorno de benefícios à população.

Confira os dez melhores e os piores:

*OCDE 2009
**IDH 2010
Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário/Lista 10