do Um Sem-Mídia via Blog do Gilson Sampaio
por Emanuel Cancella*
A sociedade brasileira se acostumou a rotular como inimigos da Petrobrás os estrangeiros e principalmente as multinacionais de petróleo. Hoje a história é outra, pois brasileiros estão assumindo a posição de destruir a Petrobrás, provavelmente, como testas de ferro, remunerados ou não.
O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Bicombustíveis, o IBP, é o antro desses traíras. Estranhamente esse mesmo IBP presta serviço à Petrobrás. Estamos dormindo com o inimigo!
A Petrobrás é apontada pela Agência Internacional de Energia, AIE, como a mais brilhante entre as empresas de energia no mundo. A agência levou em conta o desenvolvimento da tecnologia e a descoberta do pré-sal pela Petrobrás. Entretanto, mesmo com esse sucesso lá fora, no Brasil lemos na imprensa enxurradas de críticas à empresa. Mas não dizem que a Petrobrás, no Brasil, financia 50% do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, e é quem mais arrecada impostos para União, Estados e Municípios.
E ainda, com certeza vai ser nossa empresa de petróleo quem vai garantir a maioria das obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Sem contar também que a Petrobrás investe 85% do seu faturamento no país. Esses paus mandados do capital internacional insistem nessas críticas quase que diariamente, nos principais jornais brasileiros, ficando claro que a grande mídia se coloca como inimiga de nossos interesses.
Sentem saudades dos leilões de petróleo, que na verdade representam a venda do bilhete premiado. Para piorar a presidente da Petrobrás, Maria das Graças Fostes criou o “Desinvestimento” que consegue ser mais danoso que os leilões, pois nestes ao menos tem disputa, tem licitação pública, mas nesse novo modelo que acreditamos seja ilegal, a decisão cabe ao Conselho de Administração da companhia. Dentro desse modelo entreguistas e criminoso a Petrobrás já entregou um bloco gigante de petróleo a Eike Batista. O argumento do Desinvestimento, seria uma forma de conseguir dinheiro para financiar os investimentos da companhia. Seria como o paciente receber sangue dele mesmo, lógico estaria fadado a morte.
Veja ainda a discussão dos royalties entre os estados brasileiros. Quem paga a conta é a Petrobrás e mesmo assim os royalties representam somente de 10 a 15% de todo o petróleo. Ninguém discute os 85% a 90% do ouro negro que, se depender desses entreguistas, irão para os estrangeiros através dos leilões e da exportação. Imaginem! Se no mundo a propriedade do petróleo é disputada com guerra, algum país verdadeiramente soberano vai leiloar ou exportar petróleo? Em especial, lembrando que essas reservas não se renovam.
Vamos ficar de olho nesses entreguistas, inimigos da Petrobrás, principalmente no sentido de barrar os leilões de petróleo e impedir a exportação do nosso ouro negro!
* Emanuel Cancella é diretor do Sindipetro-RJ.
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