segunda-feira, 18 de julho de 2011

Vc gosta de ler a revista Veja?

No início do ano de 2010, pulularam várias reportagens sobre o desvio das verbas do dessassoreamento do Rio Tietê para a publicidade do então governador José Serra. A Veja, juntamente com a grande imprensa, não tocou no assunto. Enquanto isso, milhares de pessoas perderam seus pertences e centenas perderam a vida por conta de uma corrupção deslavada no estado de SP. Enquanto que sobre o RJ, cujo governo a Veja se opõe, ela até que fez uma reportagem interessante. Isso já não é parcialidade é canalhice.







Quanto ao aborto, veja o que é manipulação e safadesa:











Olha a imparcialidade politica da revista que vc achava que era boa:










































Vale também lembrar quem a sua revista favorita apoiou e apoia para nos governar:



É isso ai meu amigo, continue lendo a revista Veja  ,D

Venezuela de Chavez em 1º lugar?

No futebol eu nao sei, mesmo prq futebol é o "oxi" do povo brasileiro, mas em materia de avanços sociais a Venezuela esta em 1º lugar, pois depois de triplicar em dez anos o seu orçamento destinado à área social, a sociedade venezuelana tornou-se a mais equitativa da América Latina. 


O dado é do estudo publicado por Latinobarómetro, instituto de pesquisa sediado em Santiago do Chile (pais mais direitista da america latina), que desde 1995 investiga dados de 18 países da região.


 A Venezuela obteve 36% de índice de quidade social, seguida pelo Uruguai, com 30%, e o Brasil, com 24%(so melhorou depois das politicas de cunho esquerdistas do ignorante LUla). 


A média latino-americana é de 21%. Para o dirigente do governista Psuv (Partido Socialista Unido da Venezuela), Rodrigo Cabezas, a revolução bolivariana fez coisas incomparáveis no campo social. Ele cita a elevação da parte social do orçamento, de 14% (média da Quarta República, de 1958 a 1998, que precedeu a eleição do presidente Hugo Chávez) para 42% (média de 1999 a 2009). Em relação a 1999, o índice de pobreza na Venezuela caíu de 54% para 26% da população. A pobreza extrema diminuiu 72%. 


O sistema de Previdência Social passou a pagar aposentadorias a mais 1,3 milhão de homens e mulheres, o que significa que o número de aposentados duplicou e o gasto social real triplicou. A revolução bolivariana se orgulha em especial de ter elevado o salário mínimo da Venezuela para o equivalente a US$ 636, o que faz dele o mais alto da América Latina.


 O segundo lugar fica com a Argentina, com US$ 310, enquanto o mínimo vigente no Brasil é de US$ 258. "Na Quarta República, por algum tempo nem existiu salário mínimo; depois, ele sofreu quatro aumentos em 20 anos. Se tivéssemos deixado atuar a força do mercado, como dizem os economistas neoliberais, o salário mínimo da Venezuela estaria em torno de US$ 100", argumentou o dirigente do Psuv. 


E tem gente aqui que ainda chama o Chavez de Ditador é mole? 


Pelo jeito o "ditador", que so governa pra se manter no poder - o "facista" Hugo Chavez esta provando que é o mais DEMOCRATICO e melhor governante/administrador/e​conomista do mundo atual.


Obs: Os EUA estao quase decretando a moratória.
\O/ DALHE- "DITADOR FACISTA" CHAVEZ \O/




















domingo, 17 de julho de 2011

Marx e a sua filosofia para os pobres e oprimidos.

Foi a solução dos problemas dos pobres e oprimidos que levou Marx a procurar compreender e  solucionar os mesmos  ao elaborar sua concepção materialista. A Concepção Marxista da História.

No prefácio de uma de suas obras, Critica da Economia Política, Marx dá conta de como seus estudos o levaram a esta concepção:

"Minhas. pesquisas conduziram a este resultado: que as relações jurídicas, bem como as formas do Estado, não podem ser compreendidas por si próprias, nem pela pretensa evolução geral do espírito humano, mas, ao contrário, deitam suas raízes nas condições materiais de existência, cujo conjunto Hegel, a exemplo dos ingleses e franceses do século XVIII, compreende sob o nome de "sociedade civil". [1]

Como vêdes, é o mesmo resultado para o qual assistimos concorrerem os historiadores, sociólogos e críticos franceses, do mesmo modo que os filósofos idealistas alemães. Todavia, Marx vai mais longe. Pergunta quais são as causas determinantes da sociedade civil e responde que é na economia política que devemos buscar a anatomia da sociedade civil. Assim é o estado econômico de um povo que determina seu estado social, e o estado social de um povo determina, por sua vez, seu estado político, religioso e assim sucessivamente. Mas, perguntareis, o estado econômico não tem causa, por sua vez? Sem dúvida, como todas as coisas do mundo, tem sua causa, e esta causa, causa fundamental de toda evolução social e, portanto, de todo movimento histórico, é a luta que o homem trava com a natureza para assegurar sua própria existência.

Desejo ler-vos o que Marx diz a respeito:

"Na produção social de sua existência, os homens entram em relações determinadas, necessárias, independentes de sua vontade, relações de produção que correspondem a um dado grau de desenvolvimento de suas forças produtivas materiais. O conjunto destas relações de produção constitui a estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a qual se ergue uma superestrutura jurídica e política e à qual correspondem determinadas formas de consciência social. O modo de produção da vida material condiciona o processo de vida social, política e intelectual em geral. Não é a consciência dos homens que lhes determina o ser; ao contrário, seu ser social determina sua consciência. Em um certo estado de seu desenvolvimento, as forças produtivas materiais da sociedade entram em contradição com as relações de produção existentes, ou, o que não é mais que a expressão jurídica disso, com as relações de propriedade no seio das quais se haviam movido até então. De formas de desenvolvimento das forças produtivas que eram, estas relações transformam-se em seus entraves. Abre-se então uma época de revolução social. A mudança na base econômica subverte mais ou menos lentamente, mais ou menos rapidamente toda a enorme superestrutura. Quando consideramos tais subversões, é preciso distinguir sempre a revolução material que pode ser constatada de modo cientificamente rigoroso — das condições de produção econômica e as formas jurídicas, políticas, religiosas, artísticas ou filosóficas, em suma, as formas ideológicas sob as quais os homens tomam consciência deste conflito e o levam até o fim. Da mesma maneira que não se julga um indivíduo pela idéia que ele faz de si próprio não se deve julgar tal época de subversão por sua consciência de si mesma; ao contrário, é preciso explicar esta consciência pelas contradições da vida material, pelo conflito que existe entre as forças produtivas sociais e as relações de produção. Uma formação social só desaparece depois de se terem desenvolvido todas as forças produtivas que ela pode conter jamais novas e superiores relações de produção a substituem antes que as condições materiais de existência destas relações tenham eclodido no próprio seio da velha sociedade. Eis porque a humanidade não formula jamais senão problemas que pode resolver, porque, se olharmos mais de perto, vemos sempre que o próprio problema só surge onde as condições materiais para resolvê-lo existem ou, pelo menos, estão em vias de aparecer."

Compreendo que esta linguagem, por mais clara e precisa que seja, pode parecer bastante obscura. Por isso apresso-me a comentar o pensamento fundamental da concepção materialista da História.

A idéia fundamental de Marx se reduz ao seguinte: As relações de produção determinam todas as outras relações que existem entre os homens na sua vida social. As relações de produção são determinadas, por sua vez, pelo estado das forças produtivas.

Mas, que são forças produtivas?

Como todos os animais, o homem é obrigado a lutar por sua existência. Toda luta supõe um certo desgaste de forças. O estado das forças determina o resultado da luta. Entre os animais, estas forças dependem da própria estrutura do organismo: as forças de um cavalo selvagem são bem diferentes das de um leão, e a razão desta diferença reside na diversidade da organização. A organização física do homem tem naturalmente influência decisiva sobre sua maneira de lutar pela existência e sobre os resultados desta luta. Assim como, por exemplo, o homem é provido de mãos. Certo é que seus vizinhos, os quadrúmanos (os macacos) também têm mãos; mas as mãos dos quadrúmanos são menos perfeitamente adaptadas a diversos trabalhos. A mão é o primeiro instrumento de que se vale o homem na luta pela sua existência, como ensinou Darwin.

A mão, com o braço, é o primeiro instrumento, a primeira ferramenta de que se serve o homem. Os músculos do braço são a força que golpeia ou lança. Mas, pouco a pouco a máquina se exterioriza. A pedra servira primeiro por seu peso, por sua massa. Depois esta massa é fixada a um cabo, e temos o machado, o martelo. A mão, o primeiro instrumento do homem, lhe serve assim para produzir outros instrumentos, para modelar a matéria na luta do homem com a natureza, isto é, contra o resto da matéria independente.

E quanto mais se aperfeiçoa esta matéria escravizada, tanto mais se estende o uso das ferramentas, dos instrumentos, e tanto mais aumenta também a força do homem frente à natureza, tanto mais aumenta seu poder sobre a natureza. Já se definiu o homem como um animal que fabrica ferramentas. Esta definição é mais profunda do que se pode pensar à primeira vista. De fato, a partir do momento em que o homem adquiriu a faculdade de escravizar e modelar uma parte da matéria para lutar contra o resto da matéria, a seleção natural e as outras causas análogas deveram exercer influência bastante secundária sobre as modificações corporais do homem.

Já não são seus órgãos que se modificam, são suas ferramentas e as coisas que adapta para seu uso com a ajuda de suas ferramentas: não é sua pele que se transforma com a mudança de clima, é seu vestuário. A transformação corporal do homem cessa (ou se torna insignificante) para ceder lugar a sua evolução técnica: e a evolução técnica é a evolução das forças produtivas; e a evolução das forças produtivas tem influência decisiva sobre o agrupamento dos homens, sobre o estado de sua cultura. A ciência de nossos dias distingue muitos tipos de sociedade: 1) o tipo caçador; 2) o tipo pastoril; 3) o tipo agricultor sedentário; 4) o tipo industrial e comercial. Cada um destes tipos de sociedade é caracterizado por certas relações entre os homens, relações que não dependem de sua vontade e que são determinadas pelo estado das forças produtivas.

Assim, tomemos como exemplo as relações de propriedade. O regime de propriedade depende do modo de produção, porque a repartição e o consumo das riquezas estão estreitamente ligados ao modo de adquiri-las. Os povos caçadores primitivos são obrigados, amiúde, a unir-se em grandes grupos para procurar a caça maior; os australianos, por exemplo, caçam o canguru em bandos de muitas centenas de indivíduos; os esquimós reúnem toda uma flotilha de botes para a pesca da baleia. Os cangurus capturados, as baleias arrastadas para a margem são considerados propriedade comum; cada qual come segundo seu apetite. O território de cada tribo, tanto entre os australianos como entre os povos caçadores, é considerado propriedade coletiva; cada qual caça a seu modo, com a única limitação de não penetrar no território das tribos vizinhas.

No entanto, em meio a esta propriedade comum, certos objetos servem unicamente ao indivíduo: suas vestimentas, suas armas são consideradas propriedade individual, ao passo que a cabana e seu mobiliário são da família. Do mesmo modo, o bote utilizado por grupos de cinco ou seis homens, pertencem em comum a estas pessoas. O que decide da propriedade é o modo de trabalhar, o modo de produção.

Talhei um machado de sílex com minhas mãos, é meu; com minha mulher e meus filhos construí urna choça, é de minha família; cacei com gente de minha tribo, as feras derribadas são propriedade comum. Os animais que matei sozinho no terreno da tribo são meus; e se por acaso o animal ferido por mim é morto por outro, pertence aos dois e a pele cabe a quem lhe deu o golpe de graça. Com esta finalidade cada flecha traz o sinal do proprietário.

Coisa verdadeiramente notável; entre os peles vermelhas da América do Norte, antes da introdução das armas de fogo, a caça do bisão era rigorosamente regulamentada; se haviam penetrado muitas flechas no corpo do bisão, a posição delas decidia a quem pertencia esta ou aquela parte do animal abatido; a pele competia àquele cuja flecha penetrara mais perto do coração. Mas, depois da introdução das armas de fogo, como as balas não traziam sinais distintos, a repartição dos bisões derribados se fazia em partes iguais; são portanto considerados propriedade comum. Este exemplo mostra à evidência a conexão estreita que existe entre a produção e o regime de propriedade.

Desse modo, as relações entre os homens durante o processo de produção decidem das relações de propriedade, do estado da propriedade, como dizia Guizot. Todavia, uma vez dado o estado de propriedade, é fácil compreender a constituição social, porque esta é modelada sobre a base da propriedade. É por isso que a teoria de Marx resolve a problema que não podiam resolver os historiadores e filósofos da primeira metade do século XIX.


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Notas:
[1N] Trecho extraído da Conferência intitulada "Da Filosofia da História" feita em Genebra em 1901.
[1] Contribuição à Crítica da Economia Política, de KarI Marx, tradução francesa de Lêon Rémy, págs. III-IV.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Vc conhece os que nao comem e os que não dormem? Qual deles vc é?

"Em nenhum outro país os ricos demonstraram mais ostentação que no Brasil. Apesar disso, os brasileiros ricos são pobres. São pobres porque compram sofisticados automóveis importados, com todos os exagerados equipamentos da modernidade, mas ficam horas engarrafados ao lado dos ônibus de subúrbio. E, às vezes, são assaltados, seqüestrados ou mortos nos sinais de trânsito. Presenteiam belos carros a seus filhos e não voltam a dormir tranqüilos enquanto eles não chegam em casa. Pagam fortunas para construir modernas mansões, desenhadas por arquitetos de renome, e são obrigados a escondê-las atrás de muralhas, como se vivessem nos tempos dos castelos medievais, dependendo de guardas que se revezam em turnos. 

Os ricos brasileiros usufruem privadamente tudo o que a riqueza lhes oferece, mas vivem encalacrados na pobreza social. Na sexta-feira, saem de noite para jantar em restaurantes tão caros que os ricos da Europa não conseguiriam freqüentar, mas perdem o apetite diante da pobreza que ali por perto arregala os olhos pedindo um pouco de pão; ou são obrigados a restaurantes fechados, cercados e protegidos por policiais privados. Quando terminam de comer escondidos, são obrigados a tomar o carro à porta, trazido por um manobrista, sem o prazer de caminhar pela rua, ir a um cinema ou teatro, depois continuar até um bar para conversar sobre o que viram. 

Mesmo assim, não é raro que o pobre rico seja assaltado antes de terminar o jantar, ou depois, na estrada a caminho de casa. Felizmente isso nem sempre acontece, mas certamente, a viagem é um susto durante todo o caminho. E, às vezes, o sobressalto continua, mesmo dentro de casa. Os ricos brasileiros são pobres de tanto medo. Por mais riquezas que acumulem no presente, são pobres na falta de segurança para usufruir o patrimônio no futuro. E vivem no susto permanente diante das incertezas em que os filhos crescerão. Os ricos brasileiros continuam pobres de tanto gastar dinheiro apenas para corrigir os desacertos criados pela desigualdade que suas riquezas provocam: em insegurança e ineficiência. 

No lugar de usufruir tudo aquilo com que gastam, uma parte considerável do dinheiro nada adquire, serve apenas para evitar perdas. Por causa da pobreza ao redor, os brasileiros ricos vivem um paradoxo: para ficarem mais ricos têm de perder dinheiro, gastando cada vez mais apenas para se proteger da realidade hostil e ineficiente. 

Quando viajam ao exterior, os ricos sabem que no hotel onde se hospedarão serão vistos como assassinos de crianças na Candelária, destruidores da Floresta Amazônica, usurpadores da maior concentração de renda do planeta, portadores de malária, de dengue e de verminoses. São ricos empobrecidos pela vergonha que sentem ao serem vistos pelos olhos estrangeiros. 

Na verdade, a maior pobreza dos ricos brasileiros está na incapacidade de verem a riqueza que há nos pobres. Foi esta pobreza de visão que impediu os ricos brasileiros de perceberem, cem anos atrás, a riqueza que havia nos braços dos escravos libertos se lhes fosse dado direito de trabalhar a imensa quantidade de terra ociosa de que o país dispunha. Se tivesse percebido essa riqueza e libertado a terra junto com os escravos, os ricos brasileiros teriam abolido a pobreza que os acompanha ao longo de mais de um século. Se os latifúndios tivessem sido colocados à disposição dos braços dos ex-escravos, a riqueza criada teria chegado aos ricos de hoje, que viveriam em cidades sem o peso da imigração descontrolada e com uma população sem miséria. A pobreza de visão dos ricos impediu também de verem a riqueza que há na cabeça de um povo educado. Ao longo de toda a nossa história, os nossos ricos abandonaram a educação do povo, desviaram os recursos para criar a riqueza que seria só deles, e ficaram pobres: contratam trabalhadores com baixa produtividade, investem em modernos equipamentos e não encontram quem os saiba manejar, vivem rodeados de compatriotas que não sabem ler o mundo ao redor, não sabem mudar o mundo, não sabem construir um novo país que beneficie a todos. Muito mais ricos seriam os ricos se vivessem em uma sociedade onde todos fossem educados. 

Para poderem usar os seus caros automóveis, os ricos construíram viadutos com dinheiro de colocar água e esgoto nas cidades, achando que, ao comprar água mineral, se protegiam das doenças dos pobres. Esqueceram-se de que precisam desses pobres e não podem contar com eles todos os dias e com toda saúde, porque eles (os pobres) vivem sem água e sem esgoto. Montam modernos hospitais, mas tem dificuldades em evitar infecções porque os pobres trazem de casa os germes que os contaminam. Com a pobreza de achar que poderiam ficar ricos sozinhos, construíram um país doente e vivem no meio da doença. 

Há um grave quadro de pobreza entre os ricos brasileiros. E esta pobreza é tão grave que a maior parte deles não percebe. Por isso a pobreza de espírito tem sido o maior inspirador das decisões governamentais das pobres ricas elites brasileiras. Se percebessem a riqueza potencial que há nos braços e nos cérebros dos pobres, os ricos brasileiros poderiam reorientar o modelo de desenvolvimento em direção aos interesses de nossas massas populares. Liberariam a terra para os trabalhadores rurais, realizariam um programa de construção de casas e implantação de redes de água e esgoto, contratariam centenas de milhares de professores e colocariam o povo para produzir para o próprio povo. 

Esta seria uma decisão que enriqueceria o Brasil inteiro - os pobres que sairiam da pobreza e os ricos que sairiam da vergonha, da insegurança e da insensatez. Mas isso é esperar demais. Os ricos são tão pobres que não percebem a triste pobreza em que usufruem suas malditas riquezas". 



Créditos ao Senador Cristovam Buarque, abraços Senador, é de politicos como vc que este povo que nao dorme e que nao come necessita.

Os "Otavinhos" (aqueles tipinhos fã dos EUA e que criticam o socialismo)

Os otavinhos são personagens típicos do neoliberalismo (capitalismo atual). Precisam do desencanto da esquerda (socialistas/comunistas), para tentar impor a ideia do tango Cambalache: “Nada é melhor, tudo é igual”.

Por Emir Sader, em seu blog

Os otavinhos são jovens de idade, mas envelhecem rapidamente. Passam do ceticismo – todo projeto de transformação deu errado, tudo é ruim, todo tempo passado foi melhor, a política é por natureza corrupta — ao cinismo — quanto menos Estado, melhor, quanto mais mercado, melhor.

São tucanos, seu ídolo é o FHC, seu sonho era fazer chegar o Serra — a quem não respeitam, mas que lhes seria muito funcional — à Presidência. Vivem agora a ressaca de outra derrota, em barzinhos da Vila Madalena. Tem ódio ao povo e a tudo o que cheira povo — popular, sindicatos, Lula, trabalhadores, PT, MST, CUT, esquerda, samba, carnaval.

Se consideram a elite iluminada de um país que não os compreende. Os otavinhos são medíocres e ignorantes, mas se consideram gênios. Uns otavinhos acham isso de si e dos outros otavinhos. Só leem banalidades —Veja, Caras, etc. —, mas citam muito. Têm inveja dos intelectuais, da vida universitária, do mundo teórico, que sempre tratam de denegrir. Tem sentimento de inferioridade em relação aos intelectuais, que fazem a carreira que eles não conseguiram.

São financiados por bancos da família ou outras entidades afins, para ter jornais, revistas, editoras, fazer cinema, organizar festivais literários elitistas. Fingem que gostam da França, mas são chegados a Miami. Ficaram para trás com a internet, então abominam, como conservadores, reacionários idosos que é sua cabeça. Se reúnem para reclamar do mundo e da sua decadência precoce.

Os otavinhos não tem caráter e por isso se dedicam a tentar denegrir a reputações dos que mantêm valores e coerência, para tentar demonstrar que todo mundo é sem caráter, como eles. Os otavinhos assumem o movimento de 1932, acham que São Paulo é a “locomotiva da nação”, que é uma ilha de civilização cercada de bárbaros por todos os lados. 

Os otavinhos detestam o Brasil, odeiam o Rio, a Bahia, o Nordeste. Odeiam o povo de São Paulo, querem se apropriar de São Paulo com seu espírito de elite. Os otavinhos moram ou ambicionam morar nos Jardins e acham que o Brasil seria civilizado quando tudo fosse como nos Jardins.

Os otavinhos nunca leram FHC, não entendem nada do que ele fala, mas o consideram o maior intelectual brasileiro. Os otavinhos são órfãos da guerra fria, da ditadura e do FHC. Andam olhando pra baixo, tristes, depressivos, infelizes. Os otavinhos compram todas as revistas culturais, colocam no banco detrás do carro e não leem nenhuma. Leem a Veja e Caras. Os otavinhos acham que a ditadura foi um mal momento, uma ditabranda.

Os otavinhos são deprimidos, depressivos, derrotados, desmoralizados, rancoroso, escrevem com o fígado. Os otavinhos têm úlcera na alma. Os otavinhos odeiam o Brasil, mas pretendem falar em nome do Brasil, para denegri-lo, promover a baixa estima. Os otavinhos pertencem ao passado, mas insistem em sobreviver.

O que é Fanatismo?

Podemos entender o fanatismo como sendo toda e qualquer exaltação/atitude que leva indivíduos ou grupos a praticar atos violentos contra outros indivíduos e/ou grupos afim de prejudicar a sua liberdade e chegando ate mesmo a atentar contra a vida do outro, sempre se fundamentando na intolerância e na crença em verdades absolutas, para as quais não admitem contestação.

Fanático por futebol, fanático por músicas, fanático por filmes, há fanáticos para tudo. Ou melhor, há fanáticos e fanáticos. O problema é que, por ser empregada tão à vontade (aliás, como tantas outras), a palavra fanatismo banalizou-se, perdendo em força e conteúdo. Entretanto, parece óbvio que um “fanático por novela” é algo bem diferente e bem menos perigoso que um religioso fanático.

Portanto podemos dizer que fanatismo é a manifestação de um grupo de pessoas que se consideram detentoras de uma verdade indiscutível e querem colocar essa verdade em prática, custe o que custar, morra quem tenha que morrer e forçar o outro à mudança é o que caracteriza a essência do fanático.



Podemos notar sempre que o fanático se preocupa mais com os outros do que com ele mesmo: ele quer salvar a alma dos outros, livrá-los do pecado, abrir seus olhos, modificar seus hábitos alimentares, etc.

Ele tem mais interesse nos outros que nele mesmo, pelo simples fato que ele não tem muita personalidade ou nenhuma personalidade.


Fanático é um termo cunhado no século 18 para denominar pessoas que seriam partidárias extremistas, exaltadas e acríticas de uma causa religiosa ou política. O grande perigo do fanático consiste exatamente na certeza absoluta e incontestável que ele tem a respeito de suas verdades.


 Detentor de uma verdade supostamente revelada especialmente para ele pelo seu deus, portanto não uma verdade qualquer, mas “A Verdade”, o fanático não tem como aceitar discussões ou questionamentos racionais com relação àquilo que apresenta como sendo seu conhecimento: a origem divina de suas certezas não permite que argumentos apresentados por “simples mortais” se contraponham a elas: afinal, como colocar, lado a lado, dogmas divinos e argumentos humanos?


Pode-se argumentar que as palavras de Hitler ou as de Mao mobilizaram fanáticos tão convictos como os religiosos e não tinham origem divina. Ora, de certa forma, eles eram cultuados como deuses e suas palavras não podiam ser objeto de contestação, do mesmo modo que ocorre com qualquer conhecimento de origem dogmática.


É condição do fanático a irracionalidade. Veja-se o que aconteceu com o povo alemão, por exemplo.


Acreditar que o mais imbecil dos “arianos puros” pudesse ser superior a Einstein, um judeu, como pregava a cartilha hitlerista, não decorre de uma apreensão racional da realidade, mas de uma verdade revelada pela propaganda nazista.


Aceitar e agir como se grandes cientistas e intelectuais, só pelo fato de terem origem judaica, pudessem pertencer a uma suposta raça inferior não é, decididamente, uma abordagem racional e sim uma verdade revelada, da mesma categoria, portanto, das verdades religiosas. Um dogma de fé.

 (vejam minha postagem que debato exclusivamente o tema "FÉ" para entender o que significa ter fé)

Aos fanáticos, uma aulinha com o professor Cortella sobre quem vc é neste mundo, vejam:

Abraços meus queridos e muito obrigado por acompanhar meu Blog.
http://www.youtube.com/watch?v=P3NpHryB-fQ

quarta-feira, 13 de julho de 2011

AS TREVAS DA CAVERNA, conforme em O Mundo de Sofia de J. GAARDER

O gênero romance é ilustrado com o texto ‘As Trevas da Caverna’, em  O
Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder. 

“Imagine um grupo de pessoas que habitam o interior de uma caverna
subterrânea. Elas estão de costas para a entrada da caverna e acorrentadas no pescoço e nos
pés, de sorte que tudo o que vêem é a parede da caverna. Atrás deles ergue-se um muro alto
e por trás desse muro passam figuras de formas humanas sustentando outras figuras que se
elevam para além da borda do muro. Como há uma fogueira queimando atrás dessas
figuras, elas projetam bruxuleantes na parede da caverna. Assim, a única coisa que as
pessoas da caverna podem ver é este “teatro de sombras”. E como essas pessoas estão ali
desde que nasceram, elas acham que as sombras que vêem são a única coisa que existe. 
Imagine agora que um desses habitantes da caverna consiga se libertar daquela
prisão. Primeiramente ele se pergunta de onde vêm àquelas sombras projetadas na parede
da caverna. Depois se consegue se libertar dos grilhões que o prendem. O que você acha
que acontece quando ele se vira para as figuras que se elevam para além da borda do muro?
Primeiro, a luz é tão intensa que ele não consegue enxergar nada. Depois, a precisão dos
contornos das figuras, de que ele até então só vira as sombras, ofusca a sua visão. Se ele
conseguir escalar o muro e passar pelo fogo para poder sair da caverna, terá mais
dificuldade ainda para enxergar devido à abundância de luz. Mas depois de esfregar os 80
olhos, ele verá como tudo é bonito. Pela primeira vez verá cores e contornos precisos; verá
animais e flores de verdade, de que as figuras na parede não passavam de imitações baratas.
Suponhamos, então, que ele comece a se perguntar de onde vem os animais e as flores. Ele
vê o Sol brilhando no céu e entende que o Sol dá vida às flores e aos animais da natureza,
assim como também era graças ao fogo da caverna que ele podia ver as sombras refletidas
na parede. 
Agora, o feliz habitante das cavernas pode andar livremente pela natureza,
desfrutando da liberdade que acabara de conquistar. Mas as outras pessoas que ainda
continuam lá dentro da caverna não lhe saem da cabeça. E por isso ele decide voltar. Assim
que chega lá, ele tenta explicar aos outros que as  sombras na parede não passam de
trêmulas imitações da realidade. Mas ninguém acredita nele. As pessoas apontam para a
parede da caverna e dizem que aquilo que vêem é tudo o que existe. Por fim acaba
matando-o”.
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BIBLIOGRAFIA:
-CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 13. ed. São Paulo:   Ática, 2004. 
-GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia:    romance da história da Filosofia.  São Paulo:  
Companhia das Letras, 1996. 
-PLATÃO. A República. Coleção:   Os Pensadores. São Paulo:   Nova Cultural Ltda, 1997.
-POSSAMAI, Darlei. Filosofia no Ensino Médio: O Genero Historia em quadrinhos numa perpectiva de letramento, Tubarão - SC, 2006.

O MITO DA CAVERNA (conforme em A República de Platão)

O gênero acadêmico clássico é ilustrado com o texto ‘O Mito da Caverna’, em
A República, de Platão. 

“Sócrates:   Agora imagina a maneira como segue o estado da nossa natureza
relativamente à instrução e á ignorância. Imagina homens numa morada subterrânea, em
forma de caverna com uma entrada aberta à luz; esses homens estão aí desde a infância, de
pernas e pescoço acorrentados, de modo que não podem mexer-se nem ver senão o que está
diante deles, pois as correntes os impedem de voltar a cabeça; a luz chega-lhes de uma
fogueira acesa numa colina que se ergue por detrás  deles; entre o fogo e os prisioneiros
passa uma estrada ascendente. Imagina que ao longo  dessa estrada está construído um
pequeno muro, semelhante às divisórias que os apresentadores de títeres armam diante de si
e por cima das quais exibem as suas maravilhas. 
Glauco:   Estou vendo. 
Sócrates:    Imagina agora, ao longo desse pequeno muro, homens  que
transportam objetos de toda espécie, que o transpõe:   estatuetas de homens e animais, de
pedra, de madeira e toda espécie de matéria; naturalmente, entre esses transportadores uns
falam e outros seguem em silêncio. 
Glauco:   Um quadro estranho e estranhos prisioneiros.  75
Sócrates:  Assemelham-se a nós. E, para começar, achas que, numa tal
condição, eles tenham alguma vez visto, de si mesmos e dos seus companheiros, mais do
que as sombras projetadas pelo fogo na parede da caverna que lhes fica defronte?
Glauco:   Como, se são obrigados a ficar de cabeça imóvel durante toda a vida?
Sócrates:   E com as coisas que desfilam? Não se passa o mesmo?
Glauco:   Sem dúvida. 
Sócrates:   Portanto, se pudessem se comunicar uns com os outros, não acham
que tomariam por objetos reais as sombras que veriam?
Glauco:   É bem possível. 
Sócrates:   E se a parede do fundo da prisão provocasse eco, sempre que um
dos transportadores falasse, não julgariam ouvir a sombra que passasse diante deles?
Glauco:   Sim, por Zeus!
Sócrates:    Dessa forma, tais homens não atribuirão senão às sombras dos
objetos fabricados. 
Glauco:   Assim terá de ser. 
Sócrates:    Considera agora o que lhes acontecerá, naturalmente, se forem
libertados das suas cadeias e curados da sua ignorância. Que se liberte um desses
prisioneiros, que seja ele obrigado a endireitar-se imediatamente, a voltar o pescoço, a
caminhar, a erguer os olhos para a luz:   ao fazer  todos esses movimentos sofrerá, e o
deslumbramento impedi-lo-á de distinguir os objetos de que antes via as sombras. Que
achas que responderá se alguém lhe vier dizer que não viu até então senão fantasmas, mas
que agora mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, vê com mais justeza?
Se, enfim, mostrando-lhe cada uma das coisas que passam, o obrigar, à força de perguntas, 76
a dizer o que é? Não achas que ficará embaraçado e  que as sombras que via outrora lhes
parecerão mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora?
Glauco:   Muito mais verdadeiras. 
Sócrates:   E se forçarem a fixar a luz, os seus olhos não ficarão magoados?
Não desviará ele a vista para voltar às coisas que pode fitar e não acreditará que estas são
realmente mais distintas dos que as que se lhe mostram?
Glauco:   Com toda certeza. 
Sócrates:    E se o arrancarem a força da sua caverna, o obrigarem a subir a
encosta rude e escarpada e não o largarem antes de o terem arrastado até a luz do Sol, não
sofrerá vivamente e não se queixará de tais violências? E, quando tiver chegado à luz,
poderá, com os olhos ofuscados pelo seu brilho, distinguir uma só das coisas que ora
determinamos verdadeiras?
Glauco:   Não o conseguirá, pelo menos de início. 
Sócrates:   Terá, creio eu, necessidade de se habituar a ver os objetos da região
superior. Começará por distinguir mais facilmente as sombras; em seguida, as imagens dos
homens e dos outros objetos que se refletem nas águas; por último, os próprios objetos.
Depois disso, poderá, enfrentando a claridade dos astros e da lua, contemplar mais
facilmente, durante a noite, os corpos celestes e o próprio céu do que, durante o dia o Sol e
a sua luz. 
Glauco:   Sem dúvida. 
Sócrates: Por fim, suponho eu, será o Sol, e não as sua imagens refletidas nas
águas ou em qualquer outra coisa, mas o próprio Sol, no seu verdadeiro lugar, que poderá
ver e contemplar tal como é.  77
Glauco:   Necessariamente. 
Sócrates:   Depois disso, poderá concluir, a respeito do Sol, que é ele que faz as
estações e os anos, que governa tudo no mundo visível e que de certa maneira, é a causa de
tudo que ele via com seus companheiros, na caverna. 
Glauco:   É evidente que chegará a essa conclusão. 
Sócrates:    Ora, lembrando da sua primeira morada, da sabedoria que aí se
professa e daqueles que aí foram seus companheiros de cativeiro, não achas que se alegrará
com a mudança e lamentará os que lá ficaram?
Glauco:   Sim, com certeza, Sócrates. 
Sócrates: E se então distribuíssem honras e louvores, se tivessem recompensas
para aquele que aparecesse, como olhar mais vivo da passagem das sombras, que melhor se
recordasse, das que costumavam chegar em primeiro ou em último lugar, ou virem juntas, e
que por isso era o mais hábil em adivinhar a sua aparição, e que provocasse a sua inveja
daqueles que, entre os prisioneiros, são venerados e poderosos? Ou então, como o herói de
Homero, não proferirá mil vezes ser um simples criado de charrua, a serviço de um pobre
lavrador, e sofrer tudo no mundo, a voltar às antigas ilusões e viver como vivia?
Glauco:   Sou da tua opinião. Preferirá sofrer tudo a ter de viver dessa maneira. 
Sócrates: Imagina ainda que esse homem volta a caverna e vai sentar-se no seu
antigo lugar:   não ficará com os olhos cegos pelas trevas ao se afastar bruscamente da luz
do Sol?
Glauco:   Por certo que sim. 
Sócrates: E se tiver de entrar de novo em competição com os prisioneiros que
não se libertaram de suas correntes, para julgar essas sombras, estando ainda sua vista
confusa e antes que seus olhos se tenham recomposto, pois habituar-se à escuridão exigirá 78
um tempo bastante longo, não fará que os outros se riem a sua custa e digam que, tendo ido
lá acima, voltou com a vista estragada, pelo que não vale a pena tentar subir até lá? E se
alguém tentar libertar e conduzir para o alto, esse alguém não o mataria, se pudesse fazê-lo?
Glauco:   Sem nenhuma dúvida. 
Sócrates:  Agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar ponto por ponto, esta
imagem ao que dissemos atrás e comparar o mundo que nos cerca com a vida da prisão na
caverna, e a luz do fogo que a ilumina com a força  do Sol. Quanto à subida à região
superior e a contemplação dos seus objetos, se a considerares como a ascensão da alma para
a mansão inteligível, não te enganarás quanto a minha idéia, visto que também tu desejas
conhecê-la. Só Deus sabe se ela é verdadeira. Quanto a mim, na minha opinião é esta:   no
mundo inteligível, a idéia do bem é a última a ser apreendida, e com dificuldade, mas não
se pode apreendê-la sem concluir que ela é a causa de tudo o que de reto e belo existe em
todas as coisas; no mundo visível, ela engendrou a  luz e o soberano da luz; no mundo
inteligível, é ela que é soberana e dispensa a verdade e a inteligência; e é preciso vê-la para
se comportar com sabedoria na vida particular e na vida pública”.

_____________________________________________________
BIBLIOGRAFIA:
-CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 13. ed. São Paulo:   Ática, 2004. 
-GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia:    romance da história da Filosofia.  São Paulo:  
Companhia das Letras, 1996. 
-PLATÃO. A República. Coleção:   Os Pensadores. São Paulo:   Nova Cultural Ltda, 1997.
-POSSAMAI, Darlei. Filosofia no Ensino Médio: O Genero Historia em quadrinhos numa perpectiva de letramento, Tubarão - SC, 2006.

Piteco e O Mito da Caverna

de Maurício de Sousa, conforme em Pensando Melhor:   iniciação ao filosofar  (Angélica Satiro e Ana Miriam Wuensch, 1999) .

O gênero história em quadrinhos é ilustrado com o texto em quadrinhos “As sombras da vida”, de Maurício de Sousa com Piteco em Pensando melhor:   iniciação ao filosofar. 






















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BIBLIOGRAFIA:
-CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 13. ed. São Paulo:   Ática, 2004. 
-GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia:    romance da história da Filosofia.  São Paulo:  
Companhia das Letras, 1996. 
-PLATÃO. A República. Coleção:   Os Pensadores. São Paulo:   Nova Cultural Ltda, 1997.
-POSSAMAI, Darlei. Filosofia no Ensino Médio: O Genero Historia em quadrinhos numa perpectiva de letramento, Tubarão - SC, 2006.
-SATIRO, Angélica e WUENSCH, Ana Miriam.  Pensando Melhor:    iniciação ao
filosofar. 3. ed. São Paulo:   Saraiva, 1999. 

Faça a Evolução

Faça a Evolução
Woo...
Eu estou a frente, eu sou o homem
Eu sou o primeiro mamífero a usar calças, yeah
Eu estou em paz com minha luxúria
Eu posso matar pois em Deus eu confio, yeah
É a evolução, baby

Eu estou em paz, eu sou o homem
Comprando ações no dia da quebra
No frouxo, eu sou um caminhão
Todas as colinas rolantes, eu irei aplanar todas elas, yeah
É comportamento de rebanho, uh huh
É a evolução baby

Me admire, admire meu lar
Admire meu filho, ele é meu clone
Yeah yeah, yeah yeah
Esta terra é minha, esta terra é livre
Eu faço o que eu quiser, irresponsavelmente
É a evolução, baby

Eu sou um ladrão, eu sou um mentiroso
Esta é minha igreja, eu canto no coro
(Aleluia, Aleluia)

Me admire, admire meu lar
Admire meu filho, admire minhas roupas
Porque nós conhecemos, apetite por banquete noturno
Esses índios ignorantes não tem nada comigo
Nada, por que?
Porque é a evolução, baby!

Eu estou a frente, eu sou avançado,
Eu sou o primeiro mamífero a fazer planos, yeah
Eu rastejei pela terra, mas agora eu estou alto
2010, assista isso ir para o fogo
É a evolução, baby!
É a evolução, baby!
Faça a evolução
Venha, Venha , Venha

terça-feira, 12 de julho de 2011

STALIN; Apenas mais um cristão.

Meus caros é o seguinte.

Constantemente tenho ouvido em debates acusações de que governos ditadores e ateus operaram terríveis atrocidades neste mundo. Um deles seria o Stalin, que os crentelhos sempre acusam (sem base alguma) de que teria sido um ditador ateu.

Bom tais afirmações me levaram a pesquisar o assunto e o que eu descobri foi que segundo o homem que mais esteve do lado de Stalin, o seu guarda costas Yiuri Soloviev, Stalin orava todo dia pedindo proteção e sucesso na guerra. 

Stalin era tao devoto do cristianismo que tinha até uma capela particular, onde fazia suas preces a jesus e suas orações ao "senhor dos exércitos".

Se nao quiser acreditar em mim, olhe este documentario da Discovery:

http://www.youtube.com/watch?v=LnQx1as6160&feature=player_embedded




Crentelho  ignorante, vá estudar, deixe  de acreditar nas mentiras que vc ouve na igreja.

Os livros e o conhecimento são sempre os melhores amigos da verdade.

sábado, 9 de julho de 2011

CRENTES PARA PRESIDENTE; UM PERIGO IMINENTE


 

No primeiro dia de 2010, o Datafolha anuncia o resultado da pesquisa para descobrir quem são as personalidades confiáveis do país.

No levantamento do instituto – que ouviu 11.258 pessoas, entre os dias 14 e 18 de dezembro – os apresentadores de televisão Gugu Liberato, da Record, e Silvio Santos, do SBT, bateram os concorrentes globais Fausto Silva e Xuxa Meneghel, que também estão entre os 27 mais votados. 

A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

De acordo com o Datafolha, o ranking da credibilidade foi o seguinte: 
em 1º Lula,

em 3º lugar o Padre Marcelo Rossi(fanatico)

em 13º José Luiz Datena (fanatico)

em 2º Edir Macedo (sem palavras)


Os 11.258 entrevistados, de 14 a 18 de dezembro, deram notas de 0 (menos confiável) a 10 (mais confiável) às personalidades apresentadas. 

Lula lidera a lista, com nota média de 7,9.

AS PESSOAS PRECISAM TER FÉ?

"Ter fé é ter medo da verdade" - Nietzsche

"ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem." (Hebreus 11 : 1)




(do grego: pistia e do latim: Fides) é a firme convicção de que algo seja verdade, sem nenhuma prova de que este algo seja verdade, pela absoluta confiança que depositamos neste algo ou alguém.

A fé se relaciona de maneira unilateral com os verbos acreditar, confiar ou apostar, isto é, se alguém tem fé em algo, então acredita, confia e aposta nisso, mas se uma pessoa acredita, confia e aposta em algo, não significa, necessariamente, que tenha fé. 

A diferença entre eles, é que ter fé é nutrir um sentimento de afeição, ou até mesmo amor, pelo que acredita,confia e aposta.

O Doutor *Persinger confirmou que quando se tem fé, as pessoas usam o circuito neural na qual se usaria para amar outras pessoas, para amar uma hipótese e assim ter a sensação ilusória que esta hipótese é uma verdade.

A assim motivados pelas falsas verdades da fé são motivados a fazer tudo de errado no mundo (repare que Hitler tinha fé naquilo que acreditava- superioridade racial - , alem de acreditar que fazia a vontade divina, o proprio Jesus tinha fé que precisaria morrer para que as pessoas acreditassem nele, mas pergunta se algum destes duvidava do que acreditava).

Socrates dizia sempre que uma vida não questionada, não merecia nem mesmo ser vivida.

Descartes já dizia que a unica certeza era a existencia, pois "ergo cogito, ego sun"

Sartre bem disse que a existencia (fisca), precede a essencia (metafisica).

Eu acredito em muitas coisas, não vou bancar o hipocrita aqui, por que isso nao faz de mim uma pessoa estupida? Eu acredito em muitas coisas sim, mas não tenho fé em nada do que acredito.

Pois isso me permito a questionar tudo o que acredito e mudar de idéia ou ate mesmo duvidar da minha propria ideia, so nao podendo duvidar da minha propria existencia, pois "Ego cogito, ergo sun"

Já quem tem fé não tem liberdade para fazer tal coisa.

O que as pessoas precisam entender é que não precisam de fé para viver.

Basta acreditar, sem ter fé naquilo que acredita, para não ser cego pela mesma..

Como já dizia Carl Sagam-”A fé é o primeiro vicio da humanidade e a primeira virtude foi o ceticismo.”
--------
*Persinger Michel , B.A. (Wisconsin), M.A. (Tennessee), é Ph.D. (Manitoba) em Neurociencias

Einstein - De um fervoroso crente a um brilhante Ateu e Gênio


Albert Einstein
Certa vez um certo jovem brilhante e génio disse "Deus não joga dados", pois sábio que era não compreendia como que a complexa estrutura cósmica teria surgido ao acaso. Eis que este mesmo jovem, mais tarde, quando mais maduro, disse:

"A palavra Deus, para mim, é nada mais que a expressão e produto da fraqueza humana; a Bíblia é uma coleção de lendas honradas, mas ainda assim primitivas, que são bastante infantis."



 
Esta frase foi escrita pelo mesmo jovem que outrora acreditara convictamente na existência de Deus. Este jovem ficou conhecido como Albert Einstein, o génio que corrigiu Newton e formulou a teoria da relatividade ficando mundialmente famoso com a sua fórmula E=MC².
Einstein, que apesar de judeu, frequentou uma escola católica na infância, em carta, ele também fala que não acredita que os judeus sejam o "povo escolhido". E diz:

 . 
Carta de Einstein
“Para mim, a religião judaica, como todas as outras, é a encarnação de algumas das superstições mais infantis. E o povo judeu, ao qual tenho o prazer de pertencer e com cuja mentalidade tenho grande afinidade, não tem qualquer diferença de qualidade para mim em relação aos outros povos."




Einstein também dizia que um grave erro que as pessoas cometem é acreditar que serão recompensadas por fazerem o bem, sendo que na verdade fazer o bem nada mais é do que nosso dever:

"Se as pessoas são boas só por temerem o castigo e almejarem uma recompensa, então realmente somos um grupo muito desprezível.”




Para mais notícias, visite o site da BBC Brasil
 

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Somos todos deuses?


por MARIVALTON RISSATTO - quinta, 30 junho 2011, 20:08


A biblia sempre falou da existência de vários deuses como por exemplo o deus Baal.
Em diversos lugares ela fala sobre este deus que para os sumérios e acádios era conhecido por Sin o deus da lua. A bíblia também fala em Asterath que próprio rei Salomão prestou-lhe culto (II Reis 23:13 / I Reis 11:15) Esta deusa era a mesma que Inanna na mitologia suméria, Ishtar na mitologia acádia e Isis na mitologia Egípcia e Astarte na mitologia grega (a grande rainha dos céus) como a chamou Jeremias (44:19), cujo o templo que se pensava inexistente que vem referenciado em I Samuel 31:10 foi encontrado muito recentemente nas ruínas da Ekrom dos filisteus.
Lembram da Jezebel? Sim? (I Reis 18:19) Ela e os 400 sacerdotes, que não seriam mais que empregados desta deusa… Então e o deus Chamoesh que era irmão de Asterath (Juízes 11:24) que era o mesmo que Shamash para os Acádios e Utu para os sumérios? Então e o Merodach (Marduk para os acádios) em Jeremias 50:2?
Mas o mais interessante é o que podemos ver em SALMO 82, vejamos:
.
.
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"1 DEUS está na congregação dos poderosos; julga no meio dos deuses.
2 Até quando julgareis injustamente, e aceitareis as pessoas dos ímpios? (Selá.)
3 Fazei justiça ao pobre e ao órfão; justificai o aflito e o necessitado.
4 Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios.
5 Eles não conhecem, nem entendem; andam em trevas; todos os fundamentos da terra vacilam.
6 Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós 
filhos do Altíssimo.
7 Todavia morrereis como homens, e caireis como qualquer dos príncipes.
8 Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois tu possuis todas as nações.
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Apesar do Salmo propor que os homens são divinos (assim como os anjos). E não, que a natureza é Deus (panteísmo) como diria Spinosa, pois para Spinosa  nós viemos da natureza, fomos formados à partir dela, e quem poderia formar seres divinos se não algo tão divino o quanto?
Isso me lembra Satre, pois segundo a sua fenomenologia e o seu existencialismo, Sartre diz que o mundo é povoado de seres Em-si. Podemos entender um Em-si como qualquer objeto existente no mundo e que possui uma essência definida. Uma caneta, por exemplo, é um objeto criado para suprir uma necessidade: a escrita. Para criá-lo, parte-se de uma ideia que é concretizada, e o objeto construído enquadra-se nessa essência prévia.

Um ser Em-si não tem potencialidades nem consciência de si ou do mundo. Ele apenas é. Os objetos do mundo apresentam-se à consciência humana através das suas manifestações físicas (fenômenos). Assim a consciência humana para Sartre é um tipo diferente de ser, por possuir conhecimento a seu próprio respeito e a respeito do mundo. É uma forma diferente de ser, chamada Para-si.

É o Para-si que faz as relações temporais e funcionais entre os seres Em-si, e ao fazer isso, constrói um sentido para o mundo em que vive.

O Para-si não tem uma essência definida. Ele não é resultado de uma ideia pré-existente. O existencialismo sartriano desconsidera a existência de um criador que tenha predeterminado a essência e os fins de cada pessoa. É preciso que o Para-si exista, e durante essa existência ele define, a cada momento o que é sua essência. Cada pessoa só tem como essência imutável, aquilo que já viveu. Posso saber que o que fui se definiu por algumas características ou qualidades, bem como pelos atos que já realizei, mas tenho a liberdade de mudar minha vida deste momento em diante. Nada me compete a manter esta essência, que só é conhecida em retrospecto. Podemos afirmar que meu ser passado é um Em-si, possui uma essência conhecida, mas essa essência não é predeterminada. Ela só existe no passado. Por isso se diz no existencialismo que "a existência precede e governa a essência". Por esta mesma razão cada Para-si tem a liberdade de fazer de si o que quiser.
Sartre defende que o homem é livre e responsável por tudo que está à sua volta. Somos inteiramente responsáveis por nosso passado, nosso presente e nosso futuro. Em Sartre, temos a ideia de liberdade como uma pena, por assim dizer. "O homem está condenado a ser livre". Se, como Nietzsche afirmava, já não havia a existência de um Deus que pudesse justificar os acontecimentos, a ideia de destino, passava a ser inconcebível, sendo então o homem o único responsável por seus atos e escolhas. Para Sartre, nossas escolhas são direcionadas por aquilo que nos aparenta ser o bem, mais especificamente por um engajamento naquilo que aparenta ser o bem e assim tendo consciência de si mesmo. Em outras palavras, para o autor, o homem é um ser que "projeta tornar-se Deus".
Segundo o comentário de Artur Polônio, "se a vida não tem, à partida, um sentido determinado […], não podemos evitar criar o sentido de nossa própria vida". Assim, "a vida nos obriga a escolher entre vários caminhos possíveis [mas] nada nos obriga a escolher uma coisa ou outra". Assim, dentro dessa perspectiva, recorrer a uma suposta ordem divina representa apenas uma incapacidade de arcar com as próprias responsabilidades.
Sartre não nega por completo o determinismo, mas determina o ser humano através da liberdade, não somos, afinal, livres para não ser livres. Afinal de contas, não é Deus, nem a natureza, tampouco a sociedade que nos define, que define o que somos por completo ou nossa conduta. Somos o que queremos ser, o que escolhemos ser; e sempre poderemos mudar o que somos. o quem irá definir. Os valores morais não são limites para a liberdade.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
  • COHEN-SOLAL, Annie. Sartre: uma Biografia. Tradução de Milton Persson. 2.ed. Porto Alegre: L&PM Editores, 2008. 
  • __________. Sartre. Tradução de Paulo Neves. Porto Alegre: L&PM Editores, 2005. 
  • LÉVY, Bernard-Henri. O Século de Sartre. Tradução de Jorge Bastos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 2001. 
  • MARILENA Chaui, "Espinoza, uma filosofia da liberdade", São Paulo, Moderna, 1995.
  • MARILENA Chaui, "A Nervura do real. Imanência e liberdade em Espinoza", São Paulo, Cia. das Letras, 1999.
  • MOUTINHO, Luiz Damon Santos. Sartre: Existencialismo e Liberdade (Coleção Logos). São Paulo: Moderna, 1996. I
  • NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência. São Paulo: Hemus, 1981. p. 343.
  • PLANT, Raymond. Politics, Theology and History. Port Chester, NY: Cambridge University Press, 2001. p. 246.
  • ROWLEY, Hazel. Tête-à-Tête: Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre (tradução de Adalgisa Campos da Silva) - Rio de Janeiro: Objetiva, 2006. 
  • SARTRE, Jean-Paul. As Palavras. Tradução de J. Guinsburg. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005. 
  •   __________. Crítica da Razão Dialética. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2002.
  •  __________. O Existencialismo É um Humanismo. Apud Os Pensadores. Vol. XLV. São Paulo: Abril Cultural. p. 09-28.
  •  VISKER, Rudi. "Was Existentialism Truly a Humanism?" Sartre Studies International 13.1 (June 2007): 3(13). Academic OneFile. Gale. CAPES. 1.2008.

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Texto de autoria de:
Marivalton Rissatto, para a comunidade do Okut CdB
Quem quiser e se interessar por mais estudos biblicos (pelo olhar cético e ateu) convido para fazerem parte da minha comunidade no Okut.
Comunidade CdB - Contradições da Biblia
Já são mais de 5 anos de comunidade com mais de 20 mil membros debatendo todo "santo" dia os absurdos da biblia e da fé cristã.
Acessem:
O outro lado da bíblia que padres e pastores não lêem nas igrejas!