Quatro hospitais de Porto Alegre tem equipe capacitada para receber estrangeiros
Pacientes gastam em torno de 20 mil dólares a cada viagem.
Quatro hospitais de Porto Alegre trabalham juntos para atrair novos pacientes. O chamado "turismo médico" chegou ao Rio Grande do Sul e recebe pessoas de diferentes nacionalidades para serem atendidas no estado. O "cluster", termo designado ao agrupamento de hospitais que realizam a atividade, gira cerca de 700 milhões de dólares por ano e oferece serviços de alto padrão. Os pacientes gastam em torno de 20 mil dólares a cada viagem.
O auditor Canaan Rice mora em Porto Alegre, mas é natural dos Estados Unidos. Ele precisou ser hospitalizado pela primeira vez no Brasil e constatou que a qualidade do serviço daqui é do mesmo nível do que é prestado em seu país. "Até agora três neurologistas já passaram por mim. Todos falaram inglês comigo, em um inglês excelente", elogia, "Eu não vejo nenhuma diferença entre um hospital americano". Além de oferecer serviço de qualidade, as instituições oferecem paisagens e gastronomia. O pacote inclui transporte do aeroporto, hotel, motorista de táxi e é possível escolher até a comida de preferência.
Para o Secretário de Turismo do município Raul Mendes da Rocha, a cidade está recebendo capacitação, especialmente nas univerisades de medicina, para se tornar referência em tratamentos ou procedimentos especializados. "São dois fatores que fazem um paciente viajar: pela questão tecnológica, já que no país dele não tem tecnologia adequada para determinado tratamento, ou pela questão financeira. Em alguns locais é muito caro", explica Daniela Pontes, Gerente de Marketing Hospital Moinhos de Vento. No Canadá e na Inglaterra, por exemplo, através dos sistemas públicos de saúde, a pessoa pode levar de 80 a 180 dias para receber uma cirurgia que não seja de urgência. "Então, se a pessoa tem condições financeiras ela opta sair desse país e buscar outro com o mesmo nível tecnológico", conclui Daniela.
A adaptação para melhorar o atendimento também passa pela qualificação dos funcionários. Todos precisam estar preparados, até mesmo nos postos de urgência: "Precisamos de pessoas que tenham condições de traduzir qualquer tipo de bula. Se tu tens que dar uma medicação, tens que conseguir identificar o que o paciente está tomando no seu país de origem", diz Fernando Andreatta Torelly, Superintendente Executivo do Hospital Moinhos de Vento.
A Tailândia, um dos destinos preferidos para este tipo de turismo, recebe um milhão de pacientes por ano. A Índia, 500 mil. A maioria deles são norte-americanos. Mais de dois milhões saem dos Estados Unidos em busca de tratamentos mais baratos em outros países. "O custo da saúde nos Estados Unidos é muito caro e aqui consegues oferecer um tratamento tão bom quanto, com uma redução de 50% do valor cobrado lá", exemplifica Salvador Gullo Neto, Vice-presidente do conselho deliberativo do Cluster.
É complicado.
ResponderExcluirPS- não seria ''bem vindas'' na mensagem que acompanha a caixa de comentários?
Rodolfo, ali eu estou me referindo aos COMENTÁRIOS. Por tanto, usei BEM VINDOS, pois os COMENTÁRIOS sao como afagos no meu ego e funcionam como incentivo e, às vezes, como reconhecimento. São, portanto muito BEM VINDOS, desde que revestidos de civilidade e desnudos de ofensas pessoais.
Excluir