Dados da Organização Internacional do Trabalho mostram que o número de crianças no País em postos de trabalho caiu de 2,1 milhões para 1,6 milhão
GENEBRA - Cerca de 500 mil crianças deixaram de trabalhar no Brasil em apenas três anos, um marco que a Organização Internacional do Trabalho destaca como um modelo que deve ser seguido em outras economias. Dados divulgados nesta segunda-feira, 23, pela entidade em Genebra revelam que entre 2008 e 2011 o número de crianças empostos de trabalho caiu de 2,1 milhões para 1,6 milhão.
O combate ao trabalho infantil se transformou em uma das maiores bandeiras da entidade nos últimos anos e os resultados em todo o mundo começam a aparecer. Em pouco mais de dez anos, o número de vítimas do trabalho infantil caiu em um terço. Mas, apesar dos avanços inéditos, o mundo não atingirá a meta de eliminar o trabalho de crianças até 2016, como governos haviam prometido. Atualmente 168 milhões de pessoas ainda são vítimas do trabalho infantil. Destas, 40 milhões delas tem menos de 14 anos de idade.
Os dados estão sendo divulgados às vésperas da conferência global sobre o assunto, que ocorre em outubro em Brasília, dão a dimensão do progresso. Entre 2000 e 2012, o número global passou de 245 milhões de crianças para 168 milhões.
Em termos percentuais, 16% das crianças no mundo trabalhavam em 2000. Hoje, essa taxa é de 11%. A agricultura ainda lidera como o setor que mais emprega crianças, com 98 milhões de menores envolvidos, cerca de 60% de todas as crianças que trabalham. 54 milhões deles ainda trabalham em serviços, contra 12 milhões na indústria.
A maior redução foi registrada entre garotas e na Ásia. O número de meninas empregadas foi reduzido em 40% entre 2000 e 2012.
Um exemplo de avanço citado pela OIT é o Brasil. Em 2008, 5,4% das crianças entre 5 e 15 anos no País trabalhavam. Em 2011, essa taxa caiu para 4,7%. A previsão da OIT é de que o governo brasileiro irá divulgar seus números de 2012 durante a conferência de outubro e que mostrará uma queda ainda maior.
Mas os avanços no Brasil não estão sendo acompanhados no restante da América Latina, onde o progresso é considerado como "lento". Entre 2008 e 2012, entre 2008 e 2012, o número de crianças trabalhando caiu de 14,1 milhões para 12,5 milhões. Mas um terço dessa queda ocorreu graças ao Brasil.
No total, a taxa de crianças latino-americanas que trabalham foi reduzida de 10% para 8,8%.
"Parece que os bolsões onde ainda existe trabalho infantil são de difícil acesso", comentou Constance Thomas, responsável dentro da OIT pelo departamento. Na Colômbia, por exemplo, o número de crianças em postos de trabalho chegou a aumentar.
A avaliação da OIT é de que apenas o crescimento econômico em países emergentes não é suficiente para acabar com o trabalho infantil. Para que isso ocorra, são necessárias leis, combate às práticas e estratégias. "Os avanços ainda são lentos", declarou Guy Ryder, diretor-geral da OIT.
Para 2016, a meta era a de que o número de crianças trabalhando fosse reduzido a um mínino, meta que a OIT já admite três anos antes que será frustrada.
GENEBRA - Cerca de 500 mil crianças deixaram de trabalhar no Brasil em apenas três anos, um marco que a Organização Internacional do Trabalho destaca como um modelo que deve ser seguido em outras economias. Dados divulgados nesta segunda-feira, 23, pela entidade em Genebra revelam que entre 2008 e 2011 o número de crianças empostos de trabalho caiu de 2,1 milhões para 1,6 milhão.
O combate ao trabalho infantil se transformou em uma das maiores bandeiras da entidade nos últimos anos e os resultados em todo o mundo começam a aparecer. Em pouco mais de dez anos, o número de vítimas do trabalho infantil caiu em um terço. Mas, apesar dos avanços inéditos, o mundo não atingirá a meta de eliminar o trabalho de crianças até 2016, como governos haviam prometido. Atualmente 168 milhões de pessoas ainda são vítimas do trabalho infantil. Destas, 40 milhões delas tem menos de 14 anos de idade.
Os dados estão sendo divulgados às vésperas da conferência global sobre o assunto, que ocorre em outubro em Brasília, dão a dimensão do progresso. Entre 2000 e 2012, o número global passou de 245 milhões de crianças para 168 milhões.
Em termos percentuais, 16% das crianças no mundo trabalhavam em 2000. Hoje, essa taxa é de 11%. A agricultura ainda lidera como o setor que mais emprega crianças, com 98 milhões de menores envolvidos, cerca de 60% de todas as crianças que trabalham. 54 milhões deles ainda trabalham em serviços, contra 12 milhões na indústria.
A maior redução foi registrada entre garotas e na Ásia. O número de meninas empregadas foi reduzido em 40% entre 2000 e 2012.
Um exemplo de avanço citado pela OIT é o Brasil. Em 2008, 5,4% das crianças entre 5 e 15 anos no País trabalhavam. Em 2011, essa taxa caiu para 4,7%. A previsão da OIT é de que o governo brasileiro irá divulgar seus números de 2012 durante a conferência de outubro e que mostrará uma queda ainda maior.
Mas os avanços no Brasil não estão sendo acompanhados no restante da América Latina, onde o progresso é considerado como "lento". Entre 2008 e 2012, entre 2008 e 2012, o número de crianças trabalhando caiu de 14,1 milhões para 12,5 milhões. Mas um terço dessa queda ocorreu graças ao Brasil.
No total, a taxa de crianças latino-americanas que trabalham foi reduzida de 10% para 8,8%.
"Parece que os bolsões onde ainda existe trabalho infantil são de difícil acesso", comentou Constance Thomas, responsável dentro da OIT pelo departamento. Na Colômbia, por exemplo, o número de crianças em postos de trabalho chegou a aumentar.
A avaliação da OIT é de que apenas o crescimento econômico em países emergentes não é suficiente para acabar com o trabalho infantil. Para que isso ocorra, são necessárias leis, combate às práticas e estratégias. "Os avanços ainda são lentos", declarou Guy Ryder, diretor-geral da OIT.
Para 2016, a meta era a de que o número de crianças trabalhando fosse reduzido a um mínino, meta que a OIT já admite três anos antes que será frustrada.
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