Atribuir massacre de Katyn aos soviéticos é repetir mentira de Goebbels, afirma neto de Joseph Stalin
“Até Goebbels teria escrito de forma mais caprichada um documento para jogar a culpa do massacre de Katyn pra cima da União Soviética e de seu comandante na Grande Guerra Pátria, José Stalin, do que esse apresentado pelo partido Rússia Unida, em sessão plenária da Duma, em 26 de novembro”, afirmou o presidente do Partido Comunista da Federação Russa, Gennadi Ziugánov.
O líder comunista sublinhou que a atitude do partido do presidente Dmitri Medvedev de aprovar no Parlamento o documento “Sobre a tragédia de Katyn e suas vítimas” que atenta contra a história do país “é uma demonstração de inaceitável subserviência ao imperialismo”.
Ziugánov assinalou que “a falsificação da história soviética se converteu em um dos principais instrumentos de luta ideológica, que tem se travado de forma continuada contra os povos da Rússia, tanto por forças hostis estrangeiras, como internas. Tenta se colocar em pé de igualdade o país que deu a contribuição principal na salvação da Humanidade do nazismo e o agressor. Insistem em igualar o comunismo com o fascismo, pondo o sinal de igualdade entre eles e entre a atuação de Stalin e Hitler. Isso o povo russo não vai aceitar nunca. É bom que Medvedev e Putin não se enganem”.
O deputado do PCFR, Víktor Iliúkhine, sublinhou que “há vários anos que existe no nosso país uma comissão de historiadores, veteranos da Grande Guerra Pátria, deputados da Duma, cujo trabalho permitiu confirmar que os polacos foram fuzilados com armas alemãs depois de, no verão-outono de 1941, os fascistas terem ocupado Smolensk e os seus arredores, onde se situavam os campos em que estavam acantoados os oficiais polacos. Foram identificadas testemunhas do massacre, incluindo soldados alemães. Estabeleceram-se provas para demonstrar a falsificação de documentos que foram guardados no arquivo do corrupto e já degenerado presidente Ieltsin, atuando para destruir a URSS”.
O neto do líder soviético José Stálin, Iakob Djuga-shvili, em entrevista ao jornal georgiano Georgia Times, falou sobre o massacre cometido contra oficiais poloneses nas florestas de Katyn, perto da cidade de Smolensk, na então União Soviética, durante a Segunda Guerra Mundial.
Djugashvili assinalou que “em 1934 (depois que os nazistas tomaram o poder) a Polônia tornou-se um aliado oficial da Alemanha. No verão de 1938, quando a Alemanha anexou a Áustria, a Polônia não cumpriu com as suas obrigações com a França, não se opondo à invasão alemã da Áustria. No outono do mesmo ano, sob o Tratado de Munique, a Alemanha não só engoliu a Tchecos-lováquia como também a região de Szczecin, na Polônia.
“A Polônia então cessou a conversação com a União Soviética, com a França e com o Reino Unido sobre a formação de um pacto anti-Hitler. No dia primeiro de setembro do mesmo ano, a Alemanha invadiu a Polônia e no dia 10, o Governo e os Generais da Polônia liderados por Sikorski deixaram o território polonês”, prosseguiu.
“Em 13 de Abril de 1942, Goebbels – com o objetivo de separar a União Soviética de seus aliados – declarou que em 1940 os judeus da União Soviética haviam executado milhares de oficiais poloneses. Dois dias depois, no dia 15 de Abril, o chefe exilado do Governo polonês e aliado do Reino Unido, Sikorski, confirmou publicamente a afirmação de Goebbels sem fazer nenhuma investigação ou mostrar algum fato.
“O Governo polonês daquele tempo traiu todos seus aliados (até seu próprio povo) e desse modo provocou a Segunda Guerra.
“A questão de Katyn voltou aos holofotes em 1989 quando traidores comandavam a União Soviética. Eles queriam desmontar a URSS e um dos meios essenciais de fazê-lo era destroçar o Pacto de Varsóvia. A Polônia então se juntaria à OTAN”.
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