sexta-feira, 21 de setembro de 2012

MARX, A IDEOLOGIA DA CLASSE DOMINANTE, A MATRIX E A VERDADE MUITO MAIS DO QUE INCONVENIENTE

Se todas as pessoas forem ao mesmo tempo nos bancos e tomarem seu dinheiro (ativos) de volta, todos os bancos quebrariam e o dinheiro nao teria valor algum, voltaria a ser o que na verdade ele é, papel. Essa é a maneira empirica de hj em dia descobrirmos como que o mundo funciona em sua verdadeira realidade. 

Karl Marx disse no seculo passado que bastava todos os homens cruzarem os braços e nao trabalharem, para descobrirmos a realidade pura e crua - a de que o homem vive em uma ilusao, em uma falsa realidade, a Matrix. 

Somente o trabalho é que pode gerar riquezas (alimentos, moradias, vestuário, maquinas, etc), mas quem trabalha fica cada vez mais pobre, pois quem nao trabalha, vive de sugar o sangue de quem trabalha, eis a famosa tese da mais-valia. 

Os dominantes tomam dos dominados aquilo que produzem e vivem bem sem produzir nada, alias, ate produzem, produzem a Matrix. 

E é a Matrix que nos faz continuar nesta mentira. 

Marx chamava a Matrix de "IDEOLOGIA DA CLASSE DOMINANTE". Somos sugados e achamos isso normal, como os servos achavam normal serem servos e alimentar toda a realeza na idade média.

O dinheiro tem este papel, nos fazer crer que ele vale alguma coisa, e por que todos acreditam nesta mentira, a mentira se torna verdade.

O presente artigo irá nos ajudar a melhor compreender como funciona a Matrix, a Ideologia da Classe Dominante, que nos faz crer que o mundo ( e todas as suas regras imbecis ) é a realidade.

Se prepare para conhecer a Matrix, se prepare para conhecer uma verdade muito mais do qu inconveniente.






"Recorrendo a uma analogia, imaginemos que o banco central de um país seja uma torneira, os bancos comerciais, outra, e a economia, uma banheira. A primeira torneira, dentro do sistema atual, existe simplesmente para suprir a necessidade da outra, que por sua vez enche a banheira de água. Se a água não continuar correndo da segunda torneira (consequentemente da primeira também), a banheira esvazia e a economia entra em colapso. Logo, a segunda torneira deve manter-se sempre aberta", explica o Núcleo Interdisciplinar de Estudos da Globalização Transnacional e da Cultura do Capitalismo (NIEG), no artigo que descreve a origem da dívida pública.
Segundo o NIEG, "aqui está a contradição do sistema: ele precisa se manter em dívidas para funcionar. Os juros precisam continuar existindo e retroalimentando a segunda torneira, de forma a mantê-la aberta. Os impostos pagos pela população e pelas empresas acabam por retornar a água para a primeira. Logo, para que os juros continuem a existir, pessoas, empresas e governos precisariam continuar a emprestar dinheiro dos bancos privados".




Muito se ouve falar, pouco se sabe. A questão é que a origem da dívida pública está muito longe dos olhos do povo, mas está intrinsicamente ligada às suas contas e empréstimos bancários. A situação é tal que sempre que cidadãos ou empresas realizam empréstimos de capital em um banco, contribuem também para o aumento da dívida pública de seus países. Contudo, o que se apresenta para nós como um paradoxo, possui, na realidade, uma lógica de funcionamento bastante simples, que tem cerne e gênese em agentes econômicos privilegiados do mundo capitalista: os bancos privados.

Cada país possui um banco central, cujo papel principal seria abastecer o Estado com o capital do qual necessita para manter o bem estar da sociedade e a estabilidade da economia. Por vezes, porém, principalmente por questões políticas, esse poder é usado para gerar vantagens. Políticos emprestam do banco mais capital do que o suportado, ocasionando inflações.

Para evitar tais situações, assinou-se entre os países europeus em 2007 o Tratado de Lisboa, cujo artigo 123 proíbe empréstimos de capital, por parte dos bancos centrais, aos Estados europeus. Segundo o artigo: “é proibida a concessão de créditos [...] pelo Banco Central Europeu ou pelos bancos centrais nacionais dos Estados-Membros, [...] em benefício de instituições, órgãos ou organismos da União, governos centrais, autoridades regionais, locais, ou outras autoridades públicas”.

A criação de tal lei embasava-se simplesmente na afirmação de que países não possuíam capacidade o suficiente para lidarem com empréstimos junto a seus bancos centrais.

Esse tratado relegou aos bancos centrais a posição de simples reguladores do capital, pois já não os era permitido emprestá-lo. Deste modo, os governos passaram a recorrer à única alternativa que lhes foi deixada: tomar empréstimo dos bancos privados. Tais bancos possuem uma elevada capacidade de criação de moeda, visto que lhes é permitido dispor para empréstimo um número seis vezes maior do valor real que possuem em cofre – por mais que na prática esse valor acabe sendo bem maior –, o que também lhes confere a capacidade de lançar capital não só para os governos, mas também para empresas e cidadãos. Os juros de bancos privados são, entretanto, altíssimos, fazendo com que os devedores paguem um valor muito superior ao que lhes foi emprestado. Isso os obriga a contrair novas dívidas para que possam quitar as antigas, as novas dívidas possuem novos juros, causando uma “bola-de-neve” de crescimento infinito.

Muitas vezes, porém, a reserva de crédito da qual os bancos privados dispõem não é suficiente para suprir toda a demanda do país. O valor permitido para empréstimo é regulamentado pelas taxas de reservas bancárias, que permitem que o crédito emprestado atinja no máximo seis vezes o valor disposto em cofre. Aqui nos deparamos com a questão mais paradoxal de toda lógica de funcionamento do sistema: na medida em que os bancos privados não dispõem de capital o suficiente, é permitido a eles recorrer aos bancos centrais. Ou seja: emprestam moeda dos bancos centrais para então emprestá-los ao governo, às empresas e aos cidadãos. A economia, em vez de ser suprida com moeda do banco central, é alimentada somente com dinheiro de bancos privados, que emprestam dos primeiros.

Recorrendo a uma analogia, imaginemos que o banco central de um país seja uma torneira, os bancos comerciais, outra, e a economia, uma banheira. A primeira torneira, dentro do sistema atual, existe simplesmente para suprir a necessidade da outra, que por sua vez enche a banheira de água. Se a água não continuar correndo da segunda torneira (consequentemente da primeira também), a banheira esvazia e a economia entra em colapso. Logo, a segunda torneira deve manter-se sempre aberta. Aqui está a segunda contradição do sistema: ele precisa se manter em dívidas para funcionar. Os juros precisam continuar existindo e retroalimentando a segunda torneira, de forma a mantê-la aberta. Os impostos pagos pela população e pelas empresas acabam por retornar a água para a primeira. Logo, para que os juros continuem a existir, pessoas, empresas e governos precisariam continuar a emprestar dinheiro dos bancos privados.

A origem da dívida pública é uma simples equação de poder. Bancos privados vão continuar a existir e a segunda torneira não fechará até que seja substituída pela primeira – num modelo de manutenção e maior controle do Estado. A banheira continua a aumentar, porém o espaço que está tomando é limitado, ainda mais se considerarmos que a falta de pagamento de taxas e impostos, cada vez em maior quantidade e maior valor por conta da “farsa com o nome de crise”, em meio a um profundo desemprego, impede que as pessoas possam pagar os empréstimos e as taxas governamentais, não enchendo a principal torneira da relação e impedindo o funcionamento regular do mercado.

Não vai ser alimentando um setor bancário que a solução aparecerá. Afinal, enquanto “bons” recursos são passados para a banca, esta segue infestando o mercado de títulos podres, que caem nas mãos da população, que se endivida e acaba por gerar um bloqueio na circulação de recursos que, na prática, não existem.
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Marivalton Rissatto possui graduação pela Universidade Metodista de São Paulo (curso de Ciências Sociais 2012). Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Sociologia da Religião, formado em Metodologia cientifica pela UMESP(2009) com atualização em ciências e saber pela Fundação Getulio Vargas (2010). Ainda formado em Direitos Humanos(2010) em filosofia dos Direitos Humanos na atuação policial (2011) Combate a Cartéis, Trafico de Seres Humanos e Licitações (2012)todos pelo Ministério Público Federal (SENASP). 
Lattes:  http://lattes.cnpq.br/4460136622938356

3 comentários:

  1. Uma forma de sacanear esse sistema não é o tão combatido BNDES?

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  2. trabalho maravilhoso, valeu cada palavra lida

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