Hong Kong é conhecida no mundo inteiro por seus confortos materiais e estilo de vida afluente.
Como um dos principais centros financeiros internacionais, Hong Kong tem uma grande economia de serviço capitalista caracterizada pelo baixo nível de impostos e pelo livre comércio, sendo que a sua moeda, o dólar de Hong Kong, é a oitava mais negociada no mundo.Seu pequeno território e a consequente falta de espaço causou uma forte demanda por construções mais densas e altas, o que desenvolveu a cidade como um centro para a arquitetura moderna e a tornou uma das mais verticais do planeta. Hong Kong também tem um dos maiores PIB per capita do mundo. O espaço denso também resultou numa rede de transportes altamente desenvolvida, com uma taxa de transporte de passageiros superior a 90%, a maior do mundo.Hong Kong tem várias boas colocações em classificações internacionais de vários temas. Por exemplo, sua liberdade e competitividade econômica e financeira, qualidade de vida, percepção de corrupção e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) estão todos classificados nas mais altas posições.De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que Hong Kong tenha a segunda maior expectativa de vida do planeta.
Mas há uma escuridão que muitos não estão cientes. Paralelamente aos cidadãos ricos de Hong Kong, existe uma comunidade que é incapaz de lidar com a disparada alta nos preços da habitação. Essas pessoas são forçadas a viver — literalmente — em gaiolas minúsculas de metal.
O pior é que o cárcere/simulacro de lar não vêm de graça. Empilhados em cima uns dos outros num espaço de 1,5 metros quadrados, essas gaiolas podem ser alugadas a um preço de 1.300 dólares de Hong Kong (cerca de US$ 167) por mês. Esses engradados são amontoados em um único apartamento em ruínas em um bairro de classe operária em West Kowloon.
Acredite ou não, esses alojamentos metálicos são o lar de uma quantia gritante de aproximadamente 100 mil pessoas. Outros tipos de alojamentos inadequados incluem apartamentos, subdivididos em cubículos minúsculos ou preenchido com caixotes de madeira de tamanho e compartimentos suficientes para dormir. Apenas dois banheiros químicos estão disponíveis em cada apartamento e tem que ser compartilhada por centenas de homens solteiros e idosos, o que compõe a maioria dos “ocupantes-das-gaiolas”.
Não há cozinha, mas apenas uma pequena sala com uma pia. Quase todos os homens precisam lavar suas roupas em um balde. Em vez de colchões, os usam almofadas finas, esteiras de bambu e precisam constantemente manter os percevejos longe.
O preço inflacionado do mercado imobiliário de Hong Kong atacou também as transações de aluguel que forçaram pessoas com menos capacidade financeira a se entupirem nesse tipo de moradia. Há pessoas morando nas gaiolas que não chegam a fazer três refeições por dia para poder guardar dinheiro para necessidades básicas como a compra de papel higiênico.
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Na falta de qualquer ajuda governamental, muita gente se vê na única condição de, mesmo da maneira mais tosca possível, se ajudarem num amontoado maluco e transformar isso em modo de vida.
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