Um debate que vem sendo colocado à sociedade ultimamente é a proposta defendida por Dilma e parte do PT sobre o fim do financiamento privado de campanha. Segundo esta nova regra, seria proibido candidatos receberem dinheiro de pessoas físicas empresas, empreiteiras etc. As campanhas seriam financiadas pelos próprios políticos com ajuda do fundo partidário. Dentro desta temática irei comentar aqui o que ocorreu recententemente em Rondônia. Segundo a polícia civil isto é um novo tipo de corrupção: Uma deputada registrou em cartório, os favores que faria para os traficantes que bancaram a campanha dela.
A deputada, e outros políticos, são apontados, por uma detalhada investigação policial, como recebedores de dinheiro do crime. As escutas mostram o dinheiro do crime financiando políticos:
Beto Baba: Negócio de vereador aí, eu vou ajudar mais de um, que é pra 2014.
Outro integrante: Não, tem que ajudar vários, pô, porque no final, os cara fica amarrado contigo.
Beto Baba, que aparece nas escutas, segundo a polícia é Alberto Ferreira Siqueira. Ele foi preso, sexta-feira passada, acusado de ser um dos líderes de um esquema, montado por bandidos que dava dinheiro para campanhas políticas em troca de favores e cargos públicos.
“Eu sou inocente”, disse Beto Baba.
Os criminosos chegavam a escolher os candidatos que disputariam as eleições.
Beto Baba: Tu vai me dar essa lista dos que tem chance, chefe!
Integrante: Nós fazendo quatro vereador, nós manda na cidade, depois manda na Prefeitura.
Ao todo, 53 pessoas foram presas até agora, numa grande operação da Polícia Civil. Entre eles, estão empresários e funcionários fantasmas. Três vereadores de Porto Velho, a capital de Rondônia, também foram para a cadeia.
Além dos vereadores, cinco deputados estaduais foram afastados do cargo, suspeitos de participação no esquema. Hermínio Coelho, presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia está entre eles. As investigações indicam que ele contratou, pelo menos, 10 funcionários fantasmas, no atual mandato [...]Segundo as investigações, a deputada Ana da Oito chegou a registrar, em cartório, os benefícios que daria para a quadrilha, depois de eleita.
O documento está entre as provas da polícia. Nele, a deputada estadual ‘assume o compromisso de partilha do mandato’ com os criminosos. Ela se compromete a reservar 33% de todos os rendimentos para o traficante Alberto Ferreira Siqueira, o Beto Baba. E ainda dá poder a ele para indicar o chefe de gabinete e mais alguém para um cargo com salário de R$ 3 mil.
Em troca, a deputada teria recebido mais de R$ 150 mil reais do traficante para pagar despesas de campanha. O documento tem data de agosto, dois meses antes das eleições de 2010.
“Várias pessoas ligadas diretamente e até parentes desses indivíduos que fazem parte da quadrilha foram nomeadas em gabinetes da Assembléia Legislativa e da Câmara Municipal para serem nomeadas a cargos comissionados sem, no entanto, exercer suas funções naquela localidade, aquela função pública”, explica o secretário de Segurança Pública de Rondônia, Marcelo Bessa.
Ana da Oito, segundo a polícia, teria contratado quatro funcionários fantasmas, que recebiam salários e devolviam parte deles para deputada. Uma mulher, chamada Ana Cristina das Pontes, seria um desses funcionários. Policiais gravaram a rotina de Ana Cristina, e afirmam que ela é professora de dança, em uma academia de Porto Velho. Na Assembleia Legislativa de Rondônia, Ana Cristina está registrada como assistente parlamentar. Segundo a polícia, ela sabia do esquema. E foi presa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são como afagos no ego de qualquer blogueiro e funcionam como incentivo e, às vezes, como reconhecimento. São, portanto muito bem vindos, desde que revestidos de civilidade e desnudos de ofensas pessoais.Lembrando que vc é o único responsável pelo que disser aqui. Divirta-se!
As críticas, mais do que os afagos, são bem vindas.