quinta-feira, 24 de maio de 2012

SÃO PAULO E SEUS MITOS E A MATRIX CHUIÇA

A matrix paulistana: a Chuíça (*) nua e crua

O Conversa Afiada reproduz comentário da amiga navegante Maria Joaquina Perez:
A matrix paulistana
Os paulistas conseguiram o que eles sempre quiseram. Tornaram-se os legítimos europeus, ou seja, um povo mitomaníaco:
Mito – 1: São Paulo é a locomotiva do país que carrega 23 vagões vazios.
A Realidade:
A locomotiva virou Maria Fumaça. Na década de 70, a participação de São Paulo no PIB nacional correspondia a 40%. Caiu para 36% na década de 80, e 33% em 2007. Confirmado-se as tendências e prognósticos, a perspectiva é de que a participação paulista esteja abaixo dos 30% já em 2014.
Mito – 2: A USP é uma das universidades mais importantes do mundo!
A realidade:
A USP já foi uma grande universidade, nos tempos de Lévy-Strauss e outros, mas esse DNA já se tornou “viciado” há muito tempo, porque professor da USP fez graduação na USP, mestrado na USP, doutorado na USP. A USP é a universidade mais endógena e de importância inflada que se conhece.
Nos últimos 40 anos, que estudo da USP revolucionou alguma área do conhecimento científico? Nenhum.
A USP (tal como as Federais de outros estados) não é vanguarda em nenhuma área científica importante, apenas acompanha o desenvolvimento científico e tecnológico do primeiro-mundo. Tanto as estaduais paulistas, quanto as federais, apenas procuram reproduzir estudos estrangeiros.
A ficha só cai quando a USP é comparada a instituições de outros países. Nesse caso o resultado é humilhante: “A USP, a universidade da 3ª maior cidade do mundo é apenas a 232ª universidade, se comparada com o resto do mundo”.
Mito – 3: Paulistas são ricos, têm dinheiro e o restante dos brasileiros são pobres e burros.
A Realidade:
Abaixo a lista dos 8 maiores bilionários do país
1º Eike Batista – mineiro (mora no Rio desde os 4 anos de idade)
2º Jorge Paulo Lemann – carioca
3º Joseph Safra – libanês
4º Marcel Telles – carioca
5º Benjamin Steinbruch – carioca
6º Carlos Alberto Sicupira – carioca
7º Antônio Ermírio de Moraes – paulista (origem nordestina)
8º Aloysio Faria – mineiro
Onde estão os bilionários paulistas?
No programa “Mulheres Ricas” da Rede Bandeirantes?
Mito – 4: Todo paulista tem a CRENÇA de que italianos industrializaram São Paulo e que eles foram os responsáveis pelo o que o estado é hoje.
A realidade:
Construiu-se toda uma mitomania em torno do empreendedorismo italiano que não se sustenta. Procuram-se hoje os reflexos dessa herança e não se acha. Pior: descobre-se que são até inexistentes. Ao analisarmos as 300 maiores empresas com “sede” em São Paulo listadas no volumoso encarte “Melhores e Maiores” da Revista Exame, verifica-se claramente que a esmagadora maioria trata-se de empresas de capital estrangeiro. Logo São Paulo não é “sede” de nada… “sede” é eufemismo.
São Paulo é apenas “filial”, porque as matrizes (sedes) dessas empresas estão no exterior. Suas ações são negociadas em seus países de origem. O faturamento e o lucro é todo remetido para fora. O empreendedorismo, portanto, não é paulista e sim estrangeiro.
Se pegarmos então outro ranking, mas nesse caso 100% nacional: “As ações mais negociadas da Bovespa de 2010″ e verificamos claramente a inexpressividade do empreendedorismo paulista: Os maiores conglomerados listados entre as dez ações mais negociadas não são empresas nacionais com sede em São Paulo e sim em sediadas em outros estados: Petrobras, OGX, Vale, CSN, Telemar, Usiminas, Gerdau etc. Entre as top 10 apenas uma única empresa representa o inflado empreendedorismo paulista: o Itaú/Unibanco. E é justamente a única blue chip que não é voltada para produção e sim para agiotagem financeira…
Mito – 5: São Paulo é a Nova York brasileira
A Realidade:
Todo povo de mentalidade colonizada gosta de nomear a sua cidade mais populosa como a “nova iorque” local. Assim Lagos é a “nova-iorque-nigeriana”, Mumbai é a “nova-iorque-indiana”, Jacarta é a “nova-iorque-indonésia”, Karachi é a “nova-iorque-paquistanesa” e São Paulo é a “nova-iorque-brasileira”.
Mas há também, há cidades de personalidade tão fortes que não precisam pedir empréstimo a outras para serem conhecidas. Dessa forma no mundo… Paris é “Paris”, Roma é “Roma”, Buenos Aires é “Buenos Aires” e etc…
Em resumo:
A julgar pela tradicional megalomania paulista, deduz-se que eles se pautam mais numa China superpopulosa e miserável, do que numa Suíça minúscula e rica.
Dentro deste contexto, José Chirico Serra sempre será o candidato predileto dos paulistanos, pois o paulistano não quer mudar, não quer pensar, não quer agir… ele quer apenas poder continuar vivendo em sua Matrix: a cidade de São Paulo.
(*) Chuíça é o que o PiG de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico  como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.

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