Fanático por futebol, fanático por músicas, fanático por filmes, há fanáticos para tudo. Ou melhor, há fanáticos e fanáticos. O problema é que, por ser empregada tão à vontade (aliás, como tantas outras), a palavra fanatismo banalizou-se, perdendo em força e conteúdo. Entretanto, parece óbvio que um “fanático por novela” é algo bem diferente e bem menos perigoso que um religioso fanático.
Portanto podemos dizer que fanatismo é a manifestação de um grupo de pessoas que se consideram detentoras de uma verdade indiscutível e querem colocar essa verdade em prática, custe o que custar, morra quem tenha que morrer e forçar o outro à mudança é o que caracteriza a essência do fanático.
Podemos notar sempre que o fanático se preocupa mais com os outros do que com ele mesmo: ele quer salvar a alma dos outros, livrá-los do pecado, abrir seus olhos, modificar seus hábitos alimentares, etc.
Ele tem mais interesse nos outros que nele mesmo, pelo simples fato que ele não tem muita personalidade ou nenhuma personalidade.
Fanático é um termo cunhado no século 18 para denominar pessoas que seriam partidárias extremistas, exaltadas e acríticas de uma causa religiosa ou política. O grande perigo do fanático consiste exatamente na certeza absoluta e incontestável que ele tem a respeito de suas verdades.
Detentor de uma verdade supostamente revelada especialmente para ele pelo seu deus, portanto não uma verdade qualquer, mas “A Verdade”, o fanático não tem como aceitar discussões ou questionamentos racionais com relação àquilo que apresenta como sendo seu conhecimento: a origem divina de suas certezas não permite que argumentos apresentados por “simples mortais” se contraponham a elas: afinal, como colocar, lado a lado, dogmas divinos e argumentos humanos?
Pode-se argumentar que as palavras de Hitler ou as de Mao mobilizaram fanáticos tão convictos como os religiosos e não tinham origem divina. Ora, de certa forma, eles eram cultuados como deuses e suas palavras não podiam ser objeto de contestação, do mesmo modo que ocorre com qualquer conhecimento de origem dogmática.
É condição do fanático a irracionalidade. Veja-se o que aconteceu com o povo alemão, por exemplo.
Acreditar que o mais imbecil dos “arianos puros” pudesse ser superior a Einstein, um judeu, como pregava a cartilha hitlerista, não decorre de uma apreensão racional da realidade, mas de uma verdade revelada pela propaganda nazista.
Aceitar e agir como se grandes cientistas e intelectuais, só pelo fato de terem origem judaica, pudessem pertencer a uma suposta raça inferior não é, decididamente, uma abordagem racional e sim uma verdade revelada, da mesma categoria, portanto, das verdades religiosas. Um dogma de fé.
(vejam minha postagem que debato exclusivamente o tema "FÉ" para entender o que significa ter fé)
Aos fanáticos, uma aulinha com o professor Cortella sobre quem vc é neste mundo, vejam:
Abraços meus queridos e muito obrigado por acompanhar meu Blog.
http://www.youtube.com/watch?v=P3NpHryB-
Olá Gostei muito do seu contexto!
ResponderExcluirVi que vc sabe bem usar as palavras .. e concordo sobre quase tudo... só não concordei com "ser fanatico em novelas é melhor do que em religião"
Sim de um lado concordo mas de outro nao..
Concordo pq tem gente que para de viver na vdd por casa da religião . Não pode cortar cabelo,não pode beber,tem q dar 10% do seu salário para a igreja ,mas trair esposa(o) pode, matar pode! E a novela vc só fica doido para não perder.
Mas não concordo pq Quem tem Deus tem td MAS NÃO PRECISA DEIXAR DE FAZER TUDO. E a novela ela te ensina fazer coisas erradas vou te dar um exemplo "O CLONE" lhe faz entender que a menina usa drogaa e depois ela sai da droga muito fácil,coisa que todos nós sabemos que não é . Ensina o cara a trair a mulher.E depois fica td bem.Que não é verdade!
Obrigada por deixar eu dar minha opinião!
Oi, poderia me informar de onde tirou suas conclusões?
ResponderExcluirabrçs