Por Altamiro Borges
Em campanha hoje no tradicional bairro da Mooca, na zona leste da capital paulista, o truculento José Serra voltou a agredir um jornalista. Após ser questionado sobre seu programa de governo, o tucano perguntou a origem do entrevistador, fez cara feia e, após suspender a coletiva, chamou o repórter de "sem-vergonha". A atitude agressiva mostra que o eterno candidato do PSDB está apavorado com a hipótese, cada vez mais real, de não ir ao segundo turno das eleições na capital paulista.
Originário da Mooca, Serra fazia suas costumeiras promessas eleitoreiras quando foi indagado pelo repórter da Rede Brasil Atual:
“Vamos aumentar em dezenas de milhares o número de alunos em parceria com o governador do estado, Geraldo Alckmin. É uma chance para crianças de famílias mais humildes subirem na vida... Isso me veio agora à cabeça lembrando de minha infância e juventude aqui.”
– A ideia veio agora à cabeça ou é seu projeto de governo? – perguntou o repórter.
– De onde você é? – retrucou o tucano, com cara de furioso..
– Não interessa. O sr. vai responder à minha pergunta ou não?
– Eu quero saber de onde.
– Da Rede Brasil Atual.
Visivelmente irritado, Serra não respondeu à pergunta e ameaçou encerrar a entrevista. Na sequência, ele foi questionado por um repórter do G1, portal de notícias da Rede Globo, e outro do CQC, da Band. Quando o repórter da Rede Brasil Atual insistiu, indagando porque ele só respondia "perguntas favoráveis à sua campanha", Serra reagiu com truculência. "não, eu não respondo pergunta de sem-vergonha. É só isso".
Além do desespero com sua queda nas pesquisas, a atitude do eterno candidato tucano não causa surpresa. Ele sempre agiu de forma autoritária contra jornalistas ou veículos mais críticos. É famoso por telefonar para donos de jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão pedindo a "cabeça" de repórteres inconvenientes. Também gosta de humilhar jornalistas publicamente. O tucano só gosta mesmo dos repórteres e veículos chapa-branca, que são regiamente financiados com a publicidade dos governos tucanos.
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